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Estado de Minas

BCs dispostos a facilitar liquidez a instituições financeiras

Trichet disse que os dirigentes europeus, incluindo os alemães, desejam que a Grécia, epicentro da crise da dívida na Eurozona e ameaçada de quebra, "aplique plenamente seus compromissos"


postado em 12/09/2011 10:30 / atualizado em 12/09/2011 10:46

Os Bancos Centrais estão dispostos a facilitar a liquidez necessária para as instituições financeiras em dificuldades em consequência da crise da dívida pública na Europa, afirmou nesta segunda-feira Jean-Claude Trichet, na qualidade de porta-voz do Banco de Pagamentos Internacionais (BPI). "Estamos prontos para fornecer aos bancos a liquidez necessária, em quantidade ilimitada e com uma taxa fixa na zona do euro", afirmou Trichet após uma reunião na Basileia (Suíça) do BPI, instituição que reúne os principais bancos centrais.

Trichet disse que os dirigentes europeus, incluindo os alemães, desejam que a Grécia, epicentro da crise da dívida na Eurozona e ameaçada de quebra, "aplique plenamente seus compromissos". "As instituições internacionais e a Comissão (Europeia), em coordenação com o Banco Central Europeu, fazem um pedido firme ao governo grego para que cumpra seus compromissos de ajuste fiscal", afirmou Trichet, que também é presidente do BCE.

 

Grécia

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet afirmou hoje que os bancos centrais da zona do euro estão cobrando da Grécia, "com grande firmeza", que o país implemente os compromissos assumidos quando recebeu o primeiro pacote internacional de resgate. "Nós estamos cobrando o governo grego com grande firmeza. Isso é do interesse da Grécia e para a prosperidade do país no longo prazo. Eu creio que não existe nenhuma dúvida de que, se eles cumprirem todos os compromissos, estarão em uma situação melhor", disse Trichet. "Nós estamos examinando a situação no momento", completou.


Falando como líder do grupo que reúne presidentes de bancos centrais - que se encontra a cada dois meses em Basileia (Suíça) - Trichet reiterou que mantém sua "hipótese de trabalho" de que a Grécia fará o que for necessário para conseguir a aprovação da chamada troica para receber a próxima parcela do pacote de resgate.

O grupo que avalia as medidas adotadas pelos gregos abrange a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o BCE. No começo deste mês, a troica deixou Atenas inesperadamente em meio a discordâncias sobre a implementação das medidas de austeridade pela Grécia, o que causou turbulência nos mercados financeiros.

Trichet destacou que bancos centrais de diversos países "estão prontos" para agir se for necessário impulsionar a economia global. Ele afirmou que ele e seus colegas dos países industrializados estão "permanentemente" trocando opiniões, além de falar também com os bancos centrais de países emergentes. Embora tenha reconhecido que cada banco central enfrenta situações diferentes, Trichet afirmou que ele e seus colegas não preveem uma recessão. "Mas nós estamos vendo uma desaceleração em relação ao que tinha sido observado antes".

Mais uma vez ele rechaçou receios com a liquidez do sistema bancário, afirmando que todos os seus colegas "permanecem prontos para fornecer liquidez aos bancos conforme solicitados". Trichet ressaltou o compromisso do BCE de fornecer liquidez total aos bancos a taxas fixas.

Questionado sobre a saída do alemão Juergen Stark da diretoria executiva do BCE, anunciada na semana passada, Trichet não comentou sobre possíveis motivos. Ele disse que considera Stark um "bom amigo" e elogiou seu trabalho, acrescentando que os dois trabalharam juntos por 18 anos, em vários cargos. Segundo noticiado pela agência Reuters, Stark resolveu renunciar devido a uma divergência com o programa de compra de bônus do banco central.


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