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Estado de Minas

Minas está cada vez mais rica

Diversificar é o caminho para a economia mineira prosperar nos próximos anos. Desafio do estado é atrair investimentos capazes de agregar valor às cadeias produtivas dos setores mais tradicionais


postado em 28/08/2011 07:51

A economia mineira cresceu nos últimos anos ancorada pela boa fase na produção de commodities e pelas condições favoráveis do mercado internacional. Os preços do minério de ferro, a vedete da economia mineira, subiram 600%, saindo de US$ 26,48 por tonelada em 2001 para os atuais US$ 180 por tonelada, puxados pela voracidade do consumo da China. O desempenho mostra que as riquezas naturais continuam garantindo para Minas um lugar no mundo. Entretanto, se quiser dar um salto na produção de riquezas e, mais do que isso, para não ficar refém de exportações de produtos primários, a economia mineira terá que se diversificar. “É preciso preparar Minas para uma nova era”, diz Luiz Antonio Athayde, subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais.

Um dos desafios é atrair investimentos capazes de agregar valor à cadeia produtiva nas regiões. “É isso que vai fazer com que as riquezas geradas no estado fiquem em território mineiro na forma de geração de emprego, aumento do poder de consumo, elevação do nível educacional e melhorias nos serviços públicos”, observa Marco Aurélio Crocco, presidente da Fundação de Desenvolvimento e Pesquisas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Somente entre 2010 e este mês, o governo de Minas calcula que os protocolos de intenção de investimentos assinados deverão representar aportes da ordem de R$ 70 bilhões no estado. Ao serem implementados, esses empreendimentos – nas áreas aeronáutica, eletroeletrônica, mineração e siderurgia, energia, alimentos, eletrodomésticos, automotiva, confecção, entre outras –, terão capacidade de gerar 247,3 mil empregos nos próximos anos, segundo levantamento exclusivo do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) para o Estado de Minas. Olhando num horizonte de 20 anos, Athayde destaca que somente projetos ligados à nova economia e ao polo tecnológico de BH podem gerar 400 mil empregos e valor equivalente a um Produto Interno Bruto (PIB) mineiro.

Sem concentração

Pode soar estranho falar em diversificação de uma economia rica que já é bastante diversificada como a mineira. O estado é líder mundial na produção de nióbio, é o maior exportador de minério de ferro do país, o primeiro do Brasil na fabricação de aço e o segundo em capacidade de gerar energia. É forte também na produção de grãos e café, tem um enorme potencial turístico e polos industriais fortes nos setores automotivo, eletroeletrônico, alimentício, calçadista, têxtil, entre outros. No conjunto, Minas está em terceiro lugar no ranking da geração de riquezas do país, com um PIB de R$ 282,5 bilhões, maior que o de países como o Chile ou Israel.

O problema apontado pelos defensores da diversificação é que, apesar da multiplicidade, a produção em Minas está muito concentrada em setores com pouco valor agregado e grande dependência externa. Diversificar, nesse cenário, não significa apenas investir na exploração de novos segmentos de negócios, como o da nanotecnologia, ou abrir-se à exploração de riquezas que por enquanto permanecem adormecidas sob o solo, como o gás natural. Significa explorar melhor o potencial de negócios em setores já existentes, partindo, por exemplo, da agricultura para chegar ao agronegócio, que supõe beneficiamento e industrialização dos produtos colhidos no campo.

 

Vocações para o crescimento inspiram série

Os caminhos que estão sendo desbravados rumo ao crescimento, as vocações, as atividades tradicionais e as apostas em novos setores serão tema da série de reportagens “Riquezas de Minas”, que o Estado de Minas publica a partir de quinta-feira. As reportagens abrangem as 10 regiões de planejamento do estado: Central, Rio Doce, Zona da Mata, Jequitinhonha/Mucuri, Sul, Centro-Oeste, Norte, Alto Paranaíba, Triângulo e Noroeste.

Ao todo, serão 12 páginas a serem publicadas na contracapa do primeiro caderno do jornal, sempre às quintas-feiras, até 17 de novembro. O projeto conta ainda com crônicas do escritor e poeta Affonso Romano de Sant’Anna, que escreverá sobre as riquezas de Minas em cada edição.

Na internet, um hotsite e um blog trarão informações adicionais, enriquecendo com quadros, textos, fotos e vídeos o material à disposição do leitor.


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