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Estado de Minas

Mais uma empresa mineira entra no mercado dos EUA

Forno de Minas, Maricota e Pif Paf investem alto para conquistar o paladar dos nativos da terra do Tio Sam. Recheio de cheddar e versão pré-assada são adaptações ao gosto do cliente


postado em 07/08/2011 08:01 / atualizado em 07/08/2011 15:18

Yes, nós temos pão de queijo. A iguaria mineira traça novos rumos na disputa do mercado de consumo dos Estados Unidos, para ir além do nicho dos imigrantes, já conhecido dos fabricantes de Minas. O foco, agora, é conquistar o gosto das típicas famílias norte-americanas, com o apelo de um produto exótico na terra do Tio Sam que não tem conservantes e é livre de glúten. A Forno de Minas Alimentos e a Clap Alimentos, dona da marca Maricota, embarcaram há cerca de 15 dias os primeiros lotes dedicados ao consumidor norte-americano para distribuição em redes de varejo da Flórida, na costa leste do país. Novas encomendas estão acertadas até o fim do ano, quando as duas empresas esperam ter vencido a fase de testes para fincar os pés em outras regiões da maior economia do mundo, embora ainda abalada pela crise da dívida pública.

A Pif Paf está negociando a distribuição do pão de queijo da marca numa rede de hotéis de Chicago, como porta de entrada no mercado norte-americano. Para encarar o desafio, a Forno de Minas fez acordo com a rede Whole Foods, especializada na venda de produtos naturais e orgânicos, com 17 lojas espalhadas pela Flórida. O namoro que resultou no contrato de vendas do pão de queijo cru congelado come;ou há dois anos, conta o presidente da empresa mineira, Helder Couto Mendonça. “Estar nas lojas da Whole Foods representa um grande salto, uma chancela para o nosso produto, tendo a qualidade como referência para o consumidor”, afirma. A Forno de Minas preparou um programa de degustação nos pontos de venda da rede americana com duração de três meses, que começa ainda em agosto e terá apoio financeiro da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex Brasil).

As lojas da Flórida servirão de base para o pão de queijo chegar a outros pontos de distribuição. O marketing da Forno de Minas vai investir na versatilidade do pão de queijo, como opção para o café da manhã, o lanche da tarde e a iguaria que combina diferentes recheios, na hora do jantar. Todo o volume de pão de queijo exportado hoje pela fábrica de Contagem, na Grande Belo Horizonte, soma 3% da atual produção de 800 toneladas mensais. Helder Mendonça diz que a meta é exportar 10% dentro de três anos, quando a empresa deverá entrar num ritmo de 1.300 toneladas produzidas por mês da iguaria. A marca também é comercializada no Canadá e em Portugal.

Praticidade

Com ambição semelhante, a Clap desenvolveu o pão de queijo pré-assado que fica pronto em oito minutos, atendendo à praticidade reconhecida como hábito cultural dos americanos, observa o sócio-diretor da empresa mineira, Ronaldo Evelande. Os últimos detalhes do tamanho e da embalagem mais adequada para a iguaria lançada em Washington foram definidos em fevereiro e já testados. Até a semana que vem, 24 toneladas serão ofertadas na leva inicial destinada à Flórida. “Estando nesse grande mercado, fica mais fácil alcançar outros países. Queremos sair de três redes de distribuição onde trabalhamos o nosso produto para 10 distribuidores nos Estados Unidos até o fim de 2012”, revela o industrial.

A produção do pão de queijo Maricota responde por 60% de 1 mil toneladas de alimentos semiprontos que saem todo mês da fábrica de Luz, no Centro-Oeste de Minas. A unidade produz pizzas, lasanhas e salgadinhos. Cerca de 5% da produção tem o mercado externo como destino, fatia que a Clap pretende elevar a 20% do total. A empresa já atende clientes nos EUA, na Espanha, em Luxemburgo e na Argentina. A aposta no mercado americano deslanchou planos para o lançamento do pão de queijo pré-assado com recheio de cheddar, variação inicial do contrato fechado para a oferta da iguaria.

Gustavo Untar, gerente de exportação da Pif Paf, diz que o maior desafio dos fabricantes é penetrar na cultura gastronômica do país. “Temos um produto que pode se adequar e aproveitar as oportunidades do forte mercado do fast food. Isso depende de um trabalho para criarmos esse hábito no consumidor norte-americano”, afirma Untar.


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