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Estado de Minas

Grande BH lidera o ranking de empregadores


postado em 27/07/2011 06:11 / atualizado em 27/07/2011 07:31

No fim de 2010, depois de trabalhar seis anos como supervisor de suprimentos e logística de um grande hospital em Belo Horizonte, Breno Coelho Moreira, de 23 anos, mudou de vida radicalmente: pediu conta do serviço e abriu duas empresas – a Ekipaminas, especializada em locação de equipamentos para a construção civil, e a Loja da Fábrica, de vestuário. Os dois negócios, por enquanto, empregam seis pessoas. Daqui a 60 dias, ele planeja inaugurar o terceiro empreendimento: uma distribuidora de peças e acessórios para o mercado imobiliário. Breno faz parte de uma estatística que levou a Grande BH a liderar, na companhia de Porto Alegre, o ranking das regiões metropolitanas com maior percentual de empregadores entre a chamada população ocupada, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O índice, tanto na região metropolitana mineira quanto na gaúcha, foi de 5,1%. Os percentuais, quando traduzidos para números absolutos, mostram que a Grande BH tem 131 mil empregadores dos quase 2,6 milhões de homens e mulheres que formam a chamada população ocupada da área. Em Porto Alegre, o índice corresponde a 98 mil jovens e adultos do 1,89 milhão de pessoas da população ocupada. No Recife, respectivamente 57 mil e 1,55 milhão de pessoas. No Rio, 192 mil e 5,24 milhões. Em São Paulo, 435 mil e 9,4 milhões.

Os dados do IBGE – que pesquisa a estatística apenas nessas seis regiões metropolitanas – se referem a junho. Nesse mesmo mês de 2004, o percentual de empregadores na Grande BH era menor do que o deste ano: 4,7%. O índice havia ficado atrás das regiões metropolitanas do Rio (5,8%), São Paulo (6%) e Porto Alegre (5,6%). Igualava ao de Recife (4,7%) e superava apenas o de Salvador (4,3%). Vale frisar que o universo de empregadores do IBGE não inclui patrões de empregados domésticos (babás, motoristas particulares, cuidadores de idosos etc).

O instituto de pesquisa não discrimina quais atividades que mais empregam pessoas na capital mineira. O economista Antônio Braz, do IBGE, avalia que uma das causas do aumento do percentual na Grande BH se deve “ao aquecimento da economia”. Um dos indicadores que mostram o quanto a economia da Região Metropolitana de BH vai bem é o crescimento do rendimento médio mensal do trabalhador, que avançou 9,2% entre junho de 2010, quando a cifra somava R$ 1,42 mil, e o mesmo mês deste ano (R$ 1,553 mil). No mesmo período de comparação, o rendimento médio das outras regiões subiram menos: 4,7% em Salvador, 5,4% no Rio de Janeiro e 2,5% em Porto Alegre e São Paulo. No Recife, houve recuo de 0,4%.

Empreendedorismo

A gerente da unidade de Atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Mara Veit, acrescenta que, ainda na carona do bom desempenho da economia, o aumento de empregadores se deve em parte à formalização de empreendedores individuais. Cada empreendedor nessa condição pode ter uma pessoa com carteira assinada. “A meta para Minas Gerais no biênio 2010/2011 era formalizarmos 150 mil empreendedores. O número já chega a cerca de 130 mil”, comemorou. A entidade tem como uma das missões orientar futuros empreendedores.

A advogada Renata de Assis, de 35, aproveitou o aquecimento da economia para dar uma virada de 180 gruas em sua vida. Há um ano e meio, ela deixou a consultoria jurídica da Prefeitura de Contagem, na Grande BH, para abrir, no Centro de Belo Horizonte, o Café Oratório, especializado na tradicional bebida e em almoço executivo. Sem experiência no ramo, procurou o Sebrae. “No início eram três empregados. Hoje, são sete. Em 2012, devo contratar mais porque as vendas são crescentes e desejo ampliar o espaço do estabelecimento”, disse a empresária.

O jovem Breno Moreira também aproveitou o bom momento da economia da capital para entrar no universo dos empresários. “Sempre alimentei o sonho de montar o próprio negócio. Para isso, durante seis anos, trabalhei e juntei dinheiro na área hospitalar”, disse o rapaz, cujas lojas funcionam no Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul da capital. Ele não se aventurou nos negócios: pesquisou e estudou os novos mercados.


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