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Estado de Minas

Bolsas mundiais caem por medo de contágio da crise da dívida


postado em 11/07/2011 14:44 / atualizado em 11/07/2011 16:57

As bolsas mundiais caíram nesta segunda-feira em meio a tensões do mercado de títulos públicos, devido a novos temores de contágio da crise da dívida a outras economias europeias e dúvidas sobre o crescimento mundial. Os mercados europeus fecharam com perdas de mais de 4%, lideradas por Lisboa, enquanto em Nova York, Wall Street caía, com o Dow Jones a -1,15% e o Nasdaq, a -1,78%.

"Estamos em um dos piores momentos da crise monetária europeia. A ideia do contágio da crise grega a outros países da zona do euro como Itália ou Espanha ganha importância", afirmou Jean-François Robin, analista da Natixis especializado no mercado de títulos.

A queda mais importante foi registrada pela bolsa portuguesa, que perdeu 4,28% até os 6.844,98 pontos, um novo mínimo para o índice PSI-20 desde maio de 2010. A bolsa de Milão fechou com perdas de 3,96%, sua maior queda em mais de um ano, como consequência da preocupação suscitada pela situação da Itália, cuja dívida é uma das mais elevadas do mundo em valor absoluto. Madri, por sua vez, fechou em baixa de 2,69%, depois de limitar suas perdas ao final do pregão.

Na Itália e na Espanha, os papéis mais afetados foram os das instituições financeiras. Os bônus de longo prazo desses dois países considerados frágeis também dispararam a seus níveis mais altos desde a criação da zona do euro.

As taxas de juros dos títulos espanhóis de 10 anos alcançaram 6% na segunda-feira à tarde (seu pico desde 1997) e os da Itália 5,45% pela manhã, enquanto os investidores refugiavam-se nos títulos alemães, considerados seguros e facilmente negociáveis, que alcançaram um mínimo desde dezembro de 2010, a 2,706%.

A tensão sobre a dívida americana também piora o clima no mercado de títulos. Quanto às outras bolsas, Londres perdeu 1,03%, Paris 2,71% e Frankfurt 2,33%.

O euro, por sua vez, símbolo da zona do euro, acelerou seu retrocesso frente ao dólar, a 1,4028 dólar às 16h00 GMT (13h00 de Brasília), contra 1,4258 dólar na sexta-feira às 21h00 GMT (18h00 de Brasília), depois de ter estabelecido um piso desde 23 de maio ao cair brevemente abaixo de 1,40 dólar.

Outro refúgio, o franco suíço, estabeleceu durante o dia um novo pico histórico frente ao euro, a 1,1694 por unidade. Os investidores mantinham-se prudentes enquanto os ministros das Finanças da zona do euro continuavam reunidos para "coordenar suas posições" sobre o segundo plano de resgate da Grécia e à espinhosa questão da participação dos bancos. No entanto, não se espera nenhuma decisão definitiva, já que a conclusão do segundo pacote de ajuda financeira à Grécia foi adiado para setembro.

Do outro lado do Atlântico, Wall Street continuava caindo depois de ter fechado na sexta-feira no vermelho depois das cifras de criação de emprego decepcionantes em relação ao esperado por analistas, o que suscitou temores acerca da solidez da recuperação mundial.

"Parece que o mercado continua obcecado pelos mesmos problemas", afirmou Sarah Wasserman, analista da Schaeffer's Investment Research. Além disso, nos Estados Unidos, também havia problemas de dívida devido ao estancamento das negociações entre democratas e republicanos.

O presidente norte-americano Barack Obama afirmou nesta segunda-feira que continuava sendo favorável a um acordo com os republicanos sobre o aumento do teto da dívida, mas advertiu que este acordo, previsto para antes de 2 de agosto, apenas será possível com concessões de seus rivais. Na Ásia, as bolsas também fecharam nesta segunda-feira majoritariamente em queda. Tóquio perdeu 0,67% e Hong Kong, 1,67%, enquanto Xangai ganhou um discreto 0,18%.


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