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Estado de Minas

Aula prática de fiscalização de alimentos


postado em 02/07/2011 06:00 / atualizado em 02/07/2011 07:00

Data de validade, valores nutricionais e alerta para composição de glúten ou lactose são algumas das informações que povoam as embalagens de alimentos à venda nos supermercados. Tamanha profusão acaba distraindo os consumidores de certo selinho verde, que passa quase sempre despercebido. A marca do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atesta se os alimentos de origem animal ou vegetal foram produzidos em condições higiênico-sanitárias adequadas para o consumo. Para conscientizar as pessoas do cuidado com isso, o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) encerra hoje a distribuição de 24 mil cartilhas em supermercados nas principais capitais do país.

Batizada de Passou pela gente, tá legal!, a campanha chama a atenção para o trabalho dessa fiscalização, como explica José de Oliveira Mascarenhas Júnior, um dos 3,5 mil fiscais que atuam no país: “O mais básico, que é a qualidade sanitária do produto, acaba sendo desconsiderado na hora da compra”. Se, por um lado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fiscaliza os estabelecimentos que comercializam, os fiscais do Mapa se ocupam da produção dos alimentos. Novas ações do tipo estão previstas até o fim do ano. A linguagem simples confirma a importância do trabalho junto às crianças, consideradas “pequenos formadores de opinião dentro de suas casas”.

Mercadinhos

A obrigação de ter responsáveis técnicos que zelem pela qualidade dos alimentos não existe para mercados menores – nesses casos a atenção dos consumidores deve ser redobrada. Em grandes redes de supermercados, profissionais de medicina veterinária cuidam dos alimentos de origem animal e engenheiros-agrônomos ou de alimentos se dedicam aos vegetais. “Esperamos que os mercados só coloquem em suas gôndolas produtos com certificação, mas fora das grandes redes sabemos que isso nem sempre é realidade.”

Sem consciência, o consumidor também se esquece da responsabilidade que ele tem com o produto, segundo Mascarenhas: “Vemos sempre o pessoal tirando as carnes ou iogurtes dos freezers, colocando no carrinho ou no carro por duas horas e só depois voltando a refrigerar. Nesse meio tempo o que tinha de acontecer ao alimento, qualquer proliferação bacteriana ou por fungos, já aconteceu”.

 

Cuidados na conservação

Dicas da cartilha distribuída pelos fiscais em Belo Horizonte

>> Produtos de origem animal: carnes, presunto, salsicha, manteiga, leite e derivados, mel, peixes e enlatados precisam ter na embalagem o selo do Serviço de Inspeção

>> Pescados embalados: precisam ter o selo do serviço de inspeção, devem ter a data em que foram embalados e o prazo de validade

>> Pescados frescos expostos: devem estar cobertos por farta camada de gelo, para garantir que a temperatura de segurança seja mantida (entre 0°C e 5°C). Peixes congelados precisam ser mantidos normalmente abaixo de -18°C

>> Pescados frescos: devem ter aspecto brilhante e liso, olhos convexos e brilhantes. Manchas negras em espécies como camarão e lagosta e aparecimento de coloração amarelada na pele dos peixes são indícios de apodrecimento

>> Carrinho de compras: o consumidor deve colocar por último no carrinho as carnes, queijos e alimentos que precisam ser mantidos gelados


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