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Estado de Minas

Feira de cachaça movimenta setor em Minas


postado em 02/07/2011 06:00 / atualizado em 02/07/2011 07:01

 

Com participação de mais de 70 produtores de todo o país, evento em BH deve gerar R$ 400 mil em negócios(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Com participação de mais de 70 produtores de todo o país, evento em BH deve gerar R$ 400 mil em negócios (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Apreciadores da cachaça de Minas podem testar até neste sábado a produção artesanal de diversas regiões do estado. Mais de 70 produtores da aguardente estão reunidos na MinasCachaça (I Feira Nacional de Produtores, Equipamentos, Produtos, Tecnologia e Serviços para a Indústria da Cachaça), feira de negócios, também aberta ao público, realizada na Serraria Souza Pinto. Quem não resiste à bebida nacional terá a chance de comparar produtos envelhecidos em madeira nobre, que seguem modelos diferentes de fabricação, mas sem perder o princípio artesanal da cachaça de alambique.

Entre os produtores do segmento, as maiores apostas estão dirigidas ao Pró-cachaça, programa do governo do estado, que deve ser lançado em agosto para incentivar o segmento artesanal. Atualmente são cerca de 900 produtores em todo o estado. “Esperamos como uma das primeiras medidas do programa a redução da alíquota do ICMS, que atualmente é de 12%, além de um incentivo às exportações”, diz Alexandre Wagner da Silva, presidente da Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade (Ampaq). Segundo ele, já como ação do Pro-Cachaça, produtores mineiros vão divulgar, em novembro, a aguardente do estado, na feira de alimentos e bebidas de Miami, nos Estados Unidos.

Fabricada em Montes Claros, a Rainha do Norte de Minas, envelhecida em dornas de umburana já ganhou embalagem internacional. Disponível para degustação na MinasCachaça, a aguardente está pronta para ser exportada. Ainda este mês segue para Califórnia, nos Estados Unidos. O produtor Frederico Alvarenga conta que fechou um contrato para fornecer 500 caixas/mês do produto. Ele explica que ,no caso das exportações, existe redução da carga tributária e por isso a cachaça nacional ganha impulso no exterior. Enquanto uma garrafa (700 mls), é vendida no mercado nacional por R$ 22,50, o produto exportado consegue sair do país por R$ 17, a diferença é equivalente à carga tributária. “A vantagem da exportação é vender uma grande quantidade para um único comprador.”

Negócios

A expectativa da organização do MinasCachaça é que em três dias, a feira movimente R$ 400 mil. “Este valor pode triplicar com os negócios pós-feira”, aponta Leila Mara Vasconcelos, diretora-presidente da Central de Eventos e Promoções, responsável pelo organização e promoção da feira.

Envelhecida por cinco anos em barris de madeiras como carvalho e jequitibá-rosa, a cachaça GRM também já foi testada pelo paladar americano. Produzida em Araguari, no Triângulo Mineiro, a garrafa da bebida (750mls), que ganhou embalagem especial, é vendida por R$ 145. O produtor Marcos Cruz conta que seu segredo é tentar voltar ao passado, com a qualidade dos tempos de hoje. “Usamos leveduras selvagens e não adicionamos produtos químicos.”

Segundo a Ampac, somente 10% dos produtores mineiros são legalizados. Alexandre Silva ressaltou que uma das bandeiras do Pró-Cachaça será também a volta da inclusão dos produtores no Simples, sistema de tributação para micro e pequenas empresas. Paralelamente à feira foi realizado o I Congresso Mineiro da Cachaça, que reuniu cerca de 200 pesquisadores, produtores e estudiosos do tema.


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