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Estado de Minas

Ministros das Finanças das Américas debatem desequilíbrios do crescimento


postado em 26/03/2011 18:22

Trinta ministros das Finanças de países americanos se reuniram neste sábado, em Calgary, no Canadá, para discutir os desequilíbrios do crescimento econômico na região, por ocasião da assembleia anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A América Latina é um exemplo de superação econômica e as perspectivas para 2011 são otimistas, com uma previsão de crescimento entre 4% e 5%, segundo os especialistas reunidos em Calgary. "Estamos muito otimistas. E, naturalmente, o 'boom' das matérias-primas ajudará esta taxa de crescimento", declarou Pamela Cox, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. Para o diretor-gerente do Banco Mundial, Sri Mulyani, os governos latino-americanos devem aproveitar a bonança econômica para aumentar sua renda fiscal e realizar investimentos públicos de qualidade. "Menos de 4% da arrecadação pública na América Latina provém do imposto de renda, em comparação com os 27% dos países industrializados", lembrou o diretor geral do Bird Ele também criticou os níveis extremamente baixos de gasto privado e investimento fixo em infraestrutura. Mas o risco de superaquecimento já ameaça os países mais desenvolvidos da região, como o Brasil. Os níveis de inflação aumentam, os capitais estrangeiros penetram em massa na economia e a moeda local se valoriza cada vez mais em relação ao dólar. O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, recomendou aos ministros que valorizem suas moedas. "Há uma ampla gama de políticas às quais se pode recorrer para evitar o reaquecimento e moderar o ciclo do crédito, como, por exemplo, uma flexibilização do tipo de câmbio em alta, uma combinação mais apropriada de políticas monetárias e fiscais, assim como regulações financeiras adequadas", explicou Strauss-Kahn, segundo seu blog no site do Fundo. Para os países pobres, como os da região centroamericana, é a alta dos preços do petróleo e dos alimentos a principal preocupação. "A América Latina está crescendo em duas velocidades, e alguns países definitivamente vão ser influenciados por este aumento dos preços", estimou o presidente do BID, Luis Alberto Moreno. Para Estados Unidos, a reunião de Calgary é uma ocasião a mais para renovar seu interesse comercial pela região. "Estamos numa encruzilhada. A América Latina está crescendo e despertando o interesse de países foram da região, como a China e a Índia", explicou em a secretária do Tesouro adjunta para Mercados Internacionais, Marisa Lagos. A reunião de Calgary serve também para revisar o processo de ampliação de capital de 70 bilhões de dólares que aprovaram os 48 países sócios do BID no ano passado. O BID espera poder duplicar seus empréstimos para o setor privado na América Latina e no Caribe, chegando a 3 bilhões de dólares até 2015, informou a instituição neste sábado. "O BID projeta um aumento de suas operações sem garantia soberana nos países pequenos e vulneráveis da região, além de impulsionar o crédito para projetos do setor privado e que promovam a inclusão social e a redução da pobreza", explicou o banco em um comunicado.


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