Fiemg repercute alta da Selic e alerta para a "desindustrialização" do país

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Jr, avaliou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros para 11,75% “contribui para fomentar um cenário de incertezas para a economia”. Em nota divulgada à imprensa na noite dessa quarta-feira, o presidente da Fiemg afirma que poderá haver um “esgotamento” do combate à inflação baseado no aumento da Selic.

Olavo Machado Jr destacou que a atração de capitais estrangeiros especulativos sobrevalorizam o real e levam à perda da capacidade competitiva das empresas, dificultando as exportações e incentivando as importações. “Conforme viemos alertando, esse processo poderá levar o país a uma desindustrialização, com sérios impactos sobre a geração de emprego, trabalho e renda”, ponderou.

Para a Fiemg, a medida do Banco Central pode “ultrapassar os limites” e trazer o risco da queda do consumo e produção, de forma “difícil de ser revertida”.