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Estado de Minas

Lanchonetes, bares, padarias e bancas de revistas de BH vendem medicamentos

Marina Rigueira, Patrícia Rennó, Simone Lima, Marcos Avellar e Luiz Ribeiro/Estado de Minas


postado em 06/03/2010 07:51 / atualizado em 06/03/2010 09:25

Ernesto Ribeiro, gerente de padaria no Bairro Horto, em Belo Horizonte, diz que não sabia da proibição e que as farmácias da região fecham as portas mais cedo(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Ernesto Ribeiro, gerente de padaria no Bairro Horto, em Belo Horizonte, diz que não sabia da proibição e que as farmácias da região fecham as portas mais cedo (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Ninguém precisa se preocupar se, por acaso, sofrer de enjoos ou sentir uma forte dor de cabeça e não tiver uma farmácia por perto. Lanchonetes, bares, padarias e bancas de revistas da capital vendem vários medicamentos conhecidos como anódinos, ou seja, que não precisam de receita médica. Ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considere ilegal a venda de remédios em estabelecimentos que não sejam de saúde e que não possuam um farmacêutico, e que a Lei 5.991/73 defina esse comércio como clandestino, essa comercialização acontece normalmente em várias partes de Belo Horizonte – e até mesmo na área central e avenidas movimentadas, como a dos Andradas e Silviano Brandão.

Em uma padaria no Bairro Horto, podem ser encontrados remédios para dores de cabeça e estomacal, como Anador, Eno e Sonrisal. O gerente, Ernesto Ribeiro, explica que vende os medicamentos porque não sabe que é proibido por lei. Ele ainda conta que a venda é 30% maior nos fins de semana, “já que muitas farmácias da região não ficam abertas até tarde”. Em uma banca de revistas que fica em frente a uma drogaria, na Avenida Silviano Brandão, os clientes também podem comprar remédios. A proprietária da banca garantiu que não vende os produtos há mais de um ano, porque sabe que é proibido, mas ainda assim havia cartelas de dipirona à mostra em suas prateleiras.

Bares e lanchonetes da Avenida dos Andradas vendem Anador, Sonrisal, Dorflex, Aspirina, Doril e Engov, entre outros medicamentos anódinos, muitos deles avulsos, recortados das cartelas, o que impede o acesso do consumidor às informações sobre o medicamento, especialmente a data de validade. Diante desse problema, a Anvisa informa que o município é responsável pela fiscalização dos estabelecimentos e que, caso seja comprovada a venda de remédios fora das farmácias, o responsável deverá ser notificado.

Já no caso dos medicamentos que precisam de receita médica para serem comercializados, a pessoa poderá responder por tráfico de entorpecentes. Se os remédios encontrados forem falsificados, a venda do produto será considerada crime hediondo. “Não existe nenhum respaldo legal que justifique a venda”, declara o órgão.

E essa realidade não é só da capital mineira. Em cidades do interior de Minas, os remédios também são vendidos livremente fora das farmácias e drogarias. Confira nos quadros abaixo.

Veja como é a venda irregular de medicamentos no interior de Minas


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