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Estado de Minas

Profissionais garantem rotina do comércio, mesmo sem receber comissão


postado em 22/12/2008 07:36 / atualizado em 08/01/2010 03:54

A sujeira é maior nesta época do ano na praça de alimentação e muita gente esquece produtos nas mesas. Mas é só levar o trabalho com bom humor%u201D, afirma a auxiliar de serviços gerais Rosilene dos Santos Silva. Mas quando o shopping está mais cheio, para ela, a sensação é de que a hora passa muito mais rápido.(foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)
A sujeira é maior nesta época do ano na praça de alimentação e muita gente esquece produtos nas mesas. Mas é só levar o trabalho com bom humor%u201D, afirma a auxiliar de serviços gerais Rosilene dos Santos Silva. Mas quando o shopping está mais cheio, para ela, a sensação é de que a hora passa muito mais rápido. (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press)

O último fim de semana antes do Natal lotou de consumidores shoppings, comércio de rua e a feira da Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. Mas o trabalho dobrado – ou, muitas vezes, triplicado – neste período do ano não se restringiu aos vendedores de lojas e balconistas de bares e restaurantes. Por trás de todas as vendas do comércio varejista há um batalhão de profissionais que garante a estrutura dos negócios nas prateleiras das lojas e das feiras. E, apesar do aumento de trabalho nesta época do ano, nem sempre essas pessoas são recompensadas com comissão extra de vendas maiores.

Giovani Pereira dos Santos trabalha como estoquista há três anos. Atualmente ele está numa loja de eletrodoméstico em shopping center. É responsável pela entrega de mercadorias ao cliente e em repassar o número da assistência técnica. Em período normal, só trabalha aos sábados no horário de 10h às 15h. No último fim de semana, o horário foi estendido: no sábado, trabalhou de 9h às 20h e, no domingo, de 10h às 16h. “Geralmente, nesta época do ano, também recebemos uma bonificação, de um terço do valor do salário.”

Na Avenida Afonso Pena, trabalham aos domingos 2,4 mil feirantes, distribuídos entre artesãos, artistas plásticos, vendedores de alimentos e ambulantes. Isso sem contar a estrutura de apoio que envolve carregadores, montadores de barracas, segurança e limpeza. Uma equipe que chega à avenida muito antes do Sol nascer para atender uma média de consumidores que pode chegar a 100 mil pessoas em dezembro.

Para complementar a renda da família, esposa e duas crianças, Wanderson Pereira Lopes, carregador e montador de barracas, tem uma extensa jornada extra, que começa de madrugada e só termina na tarde seguinte. Aos 23 anos, ele está na feira desde os 14. A experiência é tanta que só de olhar o movimento ele diz ser capaz de dizer se o domingo será bom ou fraco. O Natal é a época do ano de maior expectativa para jovens rapazes, entre 18 e 26 anos, que chegam ao local por volta da meia-noite de sábado, quando começa a montagem das barracas. “O trabalho maior começa para valer às 3h”, ressalta Wanderson.

A atividade não termina, mas aumenta quando o dia amanhece e os montadores se transformam em carregadores. “O que manda no preço do serviço é a distância”, conta Alessandro Benjamim, aos 19 anos, iniciante na profissão. Um carregamento pode variar de R$ 4 a R$ 25. “A melhor entrega (mais cara) é da feira à rodoviária”, garante.


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