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Estado de Minas

Padaria ABC fecha as portas


05/12/2008 06:48 - atualizado 08/01/2010 03:59

Barrado pela Vigilância Sanitária, futuro do estabelecimento é incerto
Barrado pela Vigilância Sanitária, futuro do estabelecimento é incerto (foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A Press)

A Padaria ABC, estabelecimento que deu origem ao apelido da Praça Benjamin Guimarães, no Bairro Funcionários, Zona Sul de Belo Horizonte, está de portas fechadas. A medida foi tomada depois de inspeção da Vigilância Sanitária municipal, que constatou a precariedade do local e a inviabilidade de manter o funcionamento. Segundo informações da assessoria de comunicação da Regional Centro-Sul, a ação foi tomada devido à falta de higiene do local, além de infiltração no piso e teto, presença de insetos como baratas, funcionamento inadequado do sistema de refrigeração e problemas na manipulação dos alimentos.

“Antes da interdição, o proprietário já havia sido orientado a regularizar a situação do estabelecimento. Desde 2007 ele já passou pelos estágios de orientação, notificação e advertência. O prazo para adequação foi dado. Como nenhuma dessas solicitações foi acatada, a vigilância teve que atuar, já que a situação estava precária”, informa a assessoria. Quem passa na porta vê cartazes informando que o local foi fechado para reforma. Os proprietários não foram encontrados para relatar o ocorrido ou as medidas que estão sendo tomadas.

Nos últimos anos, a padaria havia perdido a qualidade e vigor que a tornaram referência na cidade desde sua fundação, em 1959. A falta de produtos, como leite, café e em alguns dias até pão, além das condições de limpeza do local, fez com que muitos frequentadores da região buscassem alternativas para a compra do lanche. Geraldo Magela Costa Cançado, analista de sistemas que trabalha em uma empresa próxima à padaria, afirma que entrou no estabelecimento uma vez – para nunca mais. “A lanchonete não tinha quase nada, as prateleiras estavam vazias e sujas”, lembra. “Para Belo Horizonte, é uma perda muito grande, porque é um ponto de referência. Agora, se for realmente feita uma reforma e voltar a ser a padaria próspera e elogiada de antigamente, será ótimo”, acrescenta.

Um comerciante vizinho à Padaria ABC, que não quis ser identificado, não acredita que o estabelecimento volte a funcionar. “O investimento com a reforma é muito grande e o retorno é baixo. Acho que não haverá nenhuma reforma, o que é lamentável, porque é um local muito tradicional”, afirma. O comerciante ainda explica que, depois da morte do fundador da padaria, em 1968, Emílio Pampolini, os oito irmãos herdeiros da propriedade entraram em divergência e o local nunca mais foi o mesmo. A professora Doris Anita Freire se mostra surpresa com o ocorrido. “Fiquei espantada com a notícia. É uma perda muito grande para o bairro. Tomara que seja mesmo feita uma reforma”, afirma. Segundo a Vigilância Sanitária, a empresa está em processo de adequação às exigências do órgão fiscalizador e poderá voltar a funcionar.


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