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Estado de Minas

Renda fixa tem recuperação em novembro


postado em 01/12/2008 08:50 / atualizado em 08/01/2010 03:59

Após o tombo de outubro, os fundos de renda fixa retomaram fôlego em novembro. Não apenas a rentabilidade da categoria se destacou entre as aplicações que pagam juros mas a captação de recursos cresceu consideravelmente.

O último mês em que os fundos de renda fixa tiveram captação positiva (ou seja, em que as aplicações foram maiores que os saques) foi março. Em novembro, até o dia 25, a renda fixa contava com captação líquida de R$ 4,32 bilhões e era a categoria que mais atraiu recursos no período. No mês anterior, os saques líquidos haviam alcançado R$ 16,28 bilhões. Os dados são da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).

O melhor retorno da renda fixa em novembro, com a rentabilidade média ficando em torno de 1,16%, ajudou a trazer de volta parte do capital que vinha fugindo nos últimos meses. Em outubro, os fundos de renda fixa tiveram rentabilidade de apenas 0,89%. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que têm ganhado a preferência dos investidores nos últimos meses, deram ganho médio de 0,97% no mês recém-encerrado.

"Essa busca maior pela renda fixa, que temos notado nas últimas semanas, tende a seguir em dezembro", afirma Jason Freitas Vieira, economista-chefe da UpTrend Consultoria Econômica. "Apesar de o cenário apontar para a possibilidade de um corte na taxa básica neste encontro do Copom, Meirelles [Henrique Meirelles, presidente do BC] tem dado sinais de que a taxa pode acabar por ser mantida", diz.

A taxa básica Selic serve de referência para os juros praticados no mercado e está atualmente em 13,75% anuais. Nos próximos dias 9 e 10, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) vai definir como fica a Selic. No mercado, é grande a parcela dos que esperam que a Selic seja mantida.

Se o BC brasileiro estivesse acompanhando os bancos centrais dos maiores países do mundo e reduzindo drasticamente sua taxa básica, aplicações como os fundos de renda fixa, DI e os CDBs estariam com rentabilidades muito menores que as pagas hoje. Nos Estados Unidos, a taxa básica está em apenas 1% anual.

No acumulado do ano, os fundos de renda fixa se destacam, com retorno acumulado de aproximadamente 11,5%. Os CDBs têm taxa média de 10,66% acumulada no ano. O que dá alguma vantagem aos CDBs é o fato de não cobrarem taxa de administração. Praticamente todos os fundos cobram taxa de administração, que oscila entre 1% e 4% ao ano.

A renda fixa responde por 31,2% de toda a indústria de fundos brasileira e é a maior categoria do mercado, com patrimônio de R$ 351 bilhões. Os fundos de ações representam apenas 10,1% do total do mercado. Apesar da recuperação de recursos vivenciada em novembro, os fundos de renda fixa ainda amargam saques acumulados de R$ 35,6 bilhões em recursos no ano.

Esses fundos carregam em suas carteiras títulos públicos e privados que pagam juros e costumam representar baixo nível de risco. Para quem investe nesses fundos, sempre é importante estar atento, além da rentabilidade da aplicação, ao tamanho da taxa de administração cobrada, que pode engolir grande parte do retorno.

A participação da renda fixa no mercado de fundos já foi muito maior, mas tem encolhido a cada ano com a ampliação da ofertas de produtos financeiros. No começo da década de 90, a renda fixa representava 95% do mercado de fundos. Em 2000, já havia recuado para 40%. E, no fim de 2007, respondia por 30,2% do total, tendo subido um pouco agora.


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