A Justiça argentina resolveu nesta sexta-feira intervir na Aerolíneas Argentinas, controlada pelo grupo espanhol Marsans, por pedido do governo de Cristina Fernández de Kirchner, confirmaram fontes da empresa.
O secretário de Transportes argentino, Ricardo Jaime, está na sede corporativa da linha aérea para notificar a medida judicial à empresa, disseram as fontes.
Acordo
O grupo Marsans deu uma semana ao governo argentino para chegar a um acordo sobre a Aerolíneas Argentinas ou, caso contrário, vai requerer perante um tribunal arbitral do Banco Mundial uma solução, confirmaram nesta sexta fontes do grupo espanhol.
Em carta enviada nesta quinta-feira à Cristina Kirchner, a Marsans adverte que "se depois de uma semana desde a data desta carta a controvérsia continuar sem solução", recorrerá ao Ciadi (Centro Internacional de Arbitragem de Disputas de Investimentos), vinculado ao Banco Mundial.
O grupo espanhol resolveu recorrer a este artifício depois que uma comissão parlamentar recomendou ao Legislativo debater uma lei para expropriar a Austral da Aerolíneas Argentinas e sua subsidiária para vôos domésticos, e passá-las para a Marsans.
O governo argentino e o grupo espanhol tinham assinado em julho passado um acordo para iniciar as negociações para a venda ao Estado da linha aérea, mas as conversas fracassaram por causa das grandes diferenças nas taxações que cada parte fez da companhia.