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Estado de Minas

Alta do dólar ajuda indústria da confecção a recuperar espaço em Minas


postado em 12/11/2008 18:52 / atualizado em 08/01/2010 04:04


A indústria mineira de confecções espera retomar o espaço perdido para os importados no mercado brasileiro, com a alta recente do dólar, a despeito dos efeitos da crise financeira mundial. Outro esforço será a volta do setor ao mercado externo, invertendo um balanço de comércio desfavorável este ano. De janeiro a setembro, as importações do estado aumentaram de forma surpreendente a uma taxa de 118,3%, frente ao mesmo período de 2007. Já as exportações caíram 26,2%, depois de três anos apresentando resultado favorável.

A aposta, no pólo da indústria de confecções de Divinópolis, Centro-Oeste do estado, é na valorização da moeda norte-americana ante o real, que torna a produção mineira mais competitiva. “As confecções começam de novo a olhar para o mercado internacional e o nosso balanço de comércio com o exterior tende a se inverter”, diz Antonio de Araújo Rodrigues Filho, presidente do sindicato local das empresas de vestuário. Idêntica expectativa mantém setor em todo o estado, segundo Michel Aburachid, presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário.

“A valorização do real é muito positiva para o balanço de comércio do setor. O aumento das importações nos preocupa há muito tempo”, afirma o empresário. As compras mineiras no exterior alcançaram US$ 5 milhões de janeiro a setembro, quase US$ 1 milhão a mais na comparação com todo o ano passado. Cerca de metade das importações de 2008 até setembro tiveram origem na China e os outros 50% se distribuíram entre a Argentina, México e Estados Unidos, conforme estudo feito pela Fundação João Pinheiro, com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A turbulência na economia ainda não mostrou impacto nos negócios das fábricas de Divinópolis, que têm a vantagem de não depender das grandes magazines, segundo Antonio de Araújo, presidente do sindicato do setor. Elas trabalham com uma gama de etiquetas próprias, mantêm o nível de produção e não reviseram as projeções deste ano de crescer 8% em volume de mercadoria produzida e 10% em receita. Michel Aburachid diz que no estado a indústria do vestuário cresceu 20%, em média, este ano, ancorada nas vendas faturadas no mercado interno. “Não temos nenhum cenário definido, seja de duração da crise ou da intensidade dos seus efeitos”, afirma o empresário.

 


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