A China é hoje o carro-chefe da pauta de exportação de Minas Gerais, com 17,39% (US$ 3,69 bilhões) de participação. Os Estados Unidos, têm cada vez menos peso nas vendar externas de Minas Gerais. O país, que já foi o principal destino dos produtos mineiros, caiu para a segunda posição e representa hoje 10,46% (US$ 2,21 bilhões) do total embarcado pelo estado. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
As vendas de Minas para os Estados Unidos representavam 19,35% da pauta em 2004, 17,73% em 2005, 17,03% em 2006, 13,8% em 2007 e 10,46% no acumulado deste ano até outubro. “Os Estados Unidos estão fechando as portas para as exportações de Minas, em função da recessão econômica”, frisou o economista Paulo Pacheco, professor de Negócios Internacionais do Ibmec.
Por outro lado, ele destacou que as vendas para China se manterão em expansão, sobretudo porque os produtos comercializados para o país asiático são utilizados pelo mercado interno, que continua aquecido. Enquanto as exportações para os Estados Unidos avançaram 3,03% de setembro deste ano para outubro, atingindo US$ 2,218 bilhões, as vendas para a China saltaram 50,13%, somando US$ 3,68 bilhões.
“As exportações para China não devem ser vistas como substituição de mercado. As vendas mineiras para os Estados Unidos é de alto valor agregado (carros, pedras preciosas e confecções, por exemplo). Já para a China exportamos commodities, como minério de ferro. Além disso, acredito que o ritmo do crescimento chinês vai desacelerar, assim como todo o comércio mundial”, avaliou Elisa Maria Pinto da Rocha, especialista em Comércio Exterior da Fundação João Pinheiro (FJP).