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Estado de Minas

Feira Shop faz transformação radical no mundo dos pequenos negócios

Muitos artesãos experimentaram uma virada de vida ao deixarem a informalidade e se tornarem microempresários


postado em 09/11/2008 12:59 / atualizado em 08/01/2010 04:04

(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)
(foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A.Press)

A Feira Shop tem feito uma revolução silenciosa no mundo dos pequenos negócios. A maioria de seus operadores são artesãos que se transformaram em microempresários. Hoje, o empreendimento conta com 17 unidades com mais de 1.500 estandes (de no máximo 10 metros quadrados) e gera aproximadamente 2 mil empregos diretos e 3 mil indiretos. Estima-se que existam mais de 1.500 famílias sobrevivendo graças à feira.

Em franca expansão, ainda este ano serão 19 centros comerciais em Belo Horizonte e região metropolitana. Este mês (em etapas), será inaugurada a hiperfeira com 3 mil metros quadrados, com entradas pela ruas Tamóios e São Paulo, área de alimentação, praça de eventos, escadas rolantes e estacionamento. Em outubro, outra unidade foi aberta em Contagem, em ponto disputado do Eldorado.

Leia também: Expositores contam histórias de sucesso na Feira Shop

O bacana da Feira Shop é que ela cresce e leva junto milhares de pessoas que antes viviam às margens da economia, na informalidade ou desempregadas. Pioneira em Minas Gerais, ela é líder do segmento no Brasil superando em número de unidades de negócios e estandes locados as empresas paulistas que lançaram a idéia no mercado. Embora tenha grande concentração em moda feminina, encontra-se desde produtos de beleza até itens de decoração e produtos alimentícios.

A Feira Shop é organizada por um grupo de pessoas, e não por um único gestor. O visionário que trouxe a idéia de São Paulo prefere ficar no anonimato. Para ser um expositor, a pessoa interessada preenche uma proposta dizendo qual produto vai comercializar, o cadastro é analisado quanto à parte legal, qualidade e utilidade do produto e, se aprovado, é feito o contrato, que é mensal e pode ser renovado automaticamente. O valor do aluguel dependerá da localização, começando por R$ 300, além de uma taxa de fundo de promoção (materiais como sacolas, cartões, etiquetas de preço, baners, móbiles etc).

A fiscalização fica a cargo da prefeitura e do corpo de bombeiros, com legislação específica que regulamenta os aspectos dessa atividade. Os serviços aos lojistas são banheiros, refeitório, lanchonetes nas unidades maiores, provadores, apoio de capacitação, assessoria de marketing e o fone “Fale Feira” para sugestões e avisos. Há ainda cursos gratuitos para a capacitação quanto ao atendimento, fluxo de caixa, organização de estoque, logística, marketing pessoal, visual merchandising e o que mais surgir como sugestão e demanda.

Como todo empreendimento, há normas para garantir a organização e limpeza das feiras. Tais como não obstruir corredores de circulação com produtos, não fumar dentro das unidades, não utilizar aparelhos sonoros que incomodem os demais. As vantagens de ser lojista são o ponto comercial valorizado, a chance de se tornar um empreendedor num curto espaço de tempo com menor custo-benefício e investimento de baixo custo. Aliás, como todo bom empresário, nada de falar em dinheiro, divulgar o lucro. Tanto Maurício quanto Jésus e Telma guardam esse segredo do negócio a sete chaves. No entanto, têm na ponta da língua os benefícios para o consumidor adotar a feira: conveniência, diversidade e preço acessível. É, ninguém pode dizer que não sabem vender seu peixe!


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