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Estado de Minas

Consórcio e promoção tentam driblar baixa na venda de carros


postado em 04/11/2008 06:42 / atualizado em 08/01/2010 04:06

Mesmo com escassez do crédito, revendas projetam para este ano resultados melhores que os de 2007 (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Mesmo com escassez do crédito, revendas projetam para este ano resultados melhores que os de 2007 (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Cartas de consórcios, juros subsidiados pelos bancos das montadoras e feirões viraram estratégias de concessionárias para driblar a crise financeira internacional, que fez evaporar os recursos para o financiamento de veículos. São estratégias que garantem custo menor ao consumidor e a manutenção ou, até mesmo, o aumento dos negócios em revendas da capital mineira.

É o caso da Mila (Volkswagen). “A despeito da escassez do crédito, fazemos mais vendas à vista. As taxas promocionais chegam a 0,20% ao mês, enquanto financeiras oferecem 2%”, destaca o gerente de Vendas, Giovane Clemente. Segundo ele, em outubro, a montadora realizou dois feirões no Expominas. Diante do estoque e do fluxo de clientes, Clemente estima que as vendas da concessionária devem crescer 25% este ano em relação a 2007.

A Grande Minas (Chevrolet) também trabalha com maior agressividade, segundo o supervisor de Vendas, André Maurício Santos. “As taxas subsidiadas e a melhor avaliação do veículo usado são condições ideais para quem quer trocar de carro”, afirma. Ele também estima expansão das vendas no fechamento de 2008 em comparação com o ano passado. “Por causa da crise, as projeções ficarão abaixo da expectativa. Mas, ainda sim, serão positivas”, observa, sem revelar números.

Na Automax (Fiat), não é diferente. O gerente de Vendas, Antônio Turquia, admite que a crise afetou os negócios, mas que ainda está longe de mudar o ânimo do consumidor. “Estamos mostrando que os juros aplicados aos automóveis ainda são pequenos, se levadas em consideração as taxas bancárias e o cheque especial”, pondera. Ele lembrou que, em 1997, quando houve explosão de vendas, os juros giravam em torno de 3,5%.

Para exemplificar que “a crise está mais na conversa do que no bolso”, detalha que, num financiamento de R$ 10 mil, com taxa de 1,3% ao mês, referente a setembro, a prestação a ser paga em 24 vezes era de R$ 488. “Agora, com taxa de 1,6%, a parcela aumenta somente R$ 17”, faz as contas. Turquia não divulga expectativas para o ano, mas adianta que o resultado será intensificado. Neste fim de semana, a Automax conta com um megafeirão, onde será possível comprar com zero de entrada e pagamento em até 60 vezes.

Montadoras

A Fiat anunciou segunda-feira que comercializou 53.390 automóveis e comerciais leves em outubro. O montante foi 11,5% inferior ao registrado no mesmo mês de 2007 (60.314) e 11,9% menor que em setembro passado (60.618). Contudo, no acumulado dos 10 primeiros meses de 2008, a Fiat, com fábrica em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vendeu 574.447 veículos, uma expansão de 17,1% contra igual intervalo do exercício anterior.

A montadora, que detém 24,7% do mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves, segue a tendência do mercado brasileiro. Em outubro, foram licenciados 224.938 veículos no país, o que representou queda de 3,3% ante outubro de 2007 (232.768) e de 11,6% sobre setembro de 2008 (252.418). De janeiro a outubro, as fábricas brasileiras comercializaram 2,32 milhões de unidades, um aumento de 23,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A projeção para o fechamento do ano recuou de 3 milhões de veículos para 2,8 milhões.


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