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Estado de Minas

Troca de operadora sem perder o número começa para DDD 32

Empresas têm cinco dias úteis para atender o pedido, desde que o cliente também cumpra seus prazos


03/11/2008 07:35 - atualizado 08/01/2010 04:06

Tive uma pequena dificuldade porque a outra operadora não queria repassar alguns dados para que eu fizesse a mudança. Mas, tirando isso, achei o processo tranqüilo Júlio Sebastião da Silva, vendedor
Tive uma pequena dificuldade porque a outra operadora não queria repassar alguns dados para que eu fizesse a mudança. Mas, tirando isso, achei o processo tranqüilo Júlio Sebastião da Silva, vendedor (foto: Nando Oliveira/Esp. EM/D.A press )

Com Simone Lima

A portabilidade numérica, que permite a troca da operadora e a manutenção do número telefônico, é ampliada em Minas Gerais. A partir desta segunda-feira, passa a valer no DDD 32 (Zona da Mata e Campo das Vertentes). Todo o processo será concluído em 19 de janeiro, com a implantação em Belo Horizonte e outros municípios do DDD 31. A expectativa é grande para muitos consumidores, que se prendem à prestadora de serviço para não perder contatos. Contudo, é preciso atenção. Dos 3.262 pedidos de migração feitos, um terço, ou 1.093 (33%), não foi concluído nos dois primeiros meses de vigor na primeira área do estado – DDD 37 (Centro-Oeste).

A informação é de José Moreira, presidente da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicação (ABR Telecom), entidade gestora da portabilidade no Brasil. Segundo ele, a maior parte das solicitações não foram atendidas em razão de falhas do próprio consumidor. “No Brasil, os pedidos cresceram 9% em outubro em relação a setembro. O motivo é que o cliente está mais informado. A tendência agora é de que, com a intensificação dos esclarecimentos, o processo avance mais rapidamente”, avalia Moreira.

Há cerca de um mês o vendedor Júlio Sebastião da Silva, de 28 anos, de Divinópolis (Centro-Oeste), pesquisou qual operadora oferecia as melhores tarifas e não teve dúvidas: utilizou a portabilidade numérica para mudar de empresa. “Tive uma pequena dificuldade porque a outra operadora não queria repassar alguns dados para que eu fizesse a mudança. Mas, tirando isso, achei o processo tranqüilo”, ressalta.

De acordo com a ABR Telecom, o volume de portabilidade realizado em Minas, tanto na telefonia móvel quanto na fixa, representou 6,8% do registrado em todo o Brasil (31.752). Roberval Rodrigues, de 48 anos, comerciante em Divinópolis, é um deles. Estava insatisfeito com a operadora da qual era cliente havia muitos anos, mas, como o número de seu celular era conhecido por amigos, fornecedores e clientes, se sentia preso, sem poder desfrutar das ofertas e benefícios anunciados pelos concorrentes. “Não podia colocar uma venda em risco por ter mudado o número do telefone. Então me contive e continuei na mesma operadora, que não me dava nenhum benefício e muito menos tarifa diferenciada”, afirma.

Agora satisfeito, Rodrigues conta que há 45 dias mudou para uma operadora que permite ligação de fixo para fixo dentro da cidade com custo zero, além de ter a internet incluída no pacote. “Essa medida veio para beneficiar os consumidores. A conta diminuiu e tudo ficou melhor. Acho que é direito do cliente, pois nós pagamos para ter o número do telefone e não queremos abrir mão disso”, garante.

Essa é a expectativa dos moradores das cidades de abrangência do DDD 32, que a partir de hoje podem ser donos de seu número de telefone celular ou residencial. “É mais um direito que está valendo”, comemora a dentista Ellen Freitas Bara, que perdeu várias promoções por temer trocar o número, adquirido há sete anos. “Nem dou atenção às promoções”, confirma. Na época em que optou pelo atual plano, Ellen comprou um chip em que é possível ligar de graça, para linhas da mesmo a operadora, nos fins de semana, nas próximas três décadas. Com isso, o marido e o filho da dentista seguiram o mesmo caminho.

Ellen tem dois fortes motivos para manter o número. Profissionalmente, ela precisa deixar o número para pacientes que, eventualmente, podem precisar de atendimento fora do horário de expediente da clínica. Por outro lado, a dentista tem amigos e familiares que vivem longe. “Trocar o número dificulta, porque se perde o contato”, diz. O telefone fixo do consultório, com exceção de alguns números alterados no prefixo, é o mesmo instalado na época em que o pai, também dentista, utilizava o local para atender há mais de 50 anos.

 

 

 

 

 



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