O banco Itaú, a exemplo do Unibanco, fez uma divulgação prévia dos seus resultados do terceiro trimestre, nesta segunda-feira. O lucro trimestral foi de R$ 1,8 bilhão, abaixo do ganho de R$ 2,428 bilhões registrado no mesmo período em 2007. Os números deste ano ainda não foram auditados.
Pelo conceito de lucro recorrente --que não considera eventos extraordinários sobre o resultado, como por exemplo, a venda de um imóvel-- o banco teve um ganho de R$ 2 bilhões.
Em nove meses, a instituição financeira apresentou lucro líquido de R$ 5,9 bilhões, ante R$ 6,444 bilhões entre janeiro e setembro do ano passado. Pelo conceito de lucro líquido recorrente, o ganho foi de R$ 6 bilhões nos nove meses do ano.
Os ativos do Itaú somaram R$ 393,6 bilhões, em um incremento de 32,9% sobre setembro de 2007.
O rival Bradesco revelou seus números hoje, em caráter definitivo. O banco divulgou lucro de R$ 1,910 bilhões no terceiro trimestre, um incremento de 3,2% sobre o resultado publicado em idêntico período em 2007. No acumulado de nove meses, a instituição financeira registrou um lucro de R$ 6,015 bilhões, um incremento de 3,4% sobre os ganhos de janeiro a setembro de 2007. Crédito, inadimplência e derivativos.
A carteira de crédito do Itaú atingiu R$ 164,5 bilhões, em um crescimento de 44,2% sobre setembro de 2007. Somente a carteira de pessoa física somou R$ 66,2 bilhões, em um avanço de 34,5% em relação ao ano passado no mesmo período.
O banco revelou que seu índice de inadimplência atingiu 4% em setembro, ante um índice de 4,7% no mesmo mês em 2007 e de 4,3% em junho deste ano.
A instituição financeira ainda revelou que aumentou sua reserva para as dívidas mais díficeis de recuperar: a chamada "provisão" para créditos de liquidação duvidosa foi aumentada em R$ 100 milhões, atingindo R$ 2,3 bilhões no mês de setembro.
E após várias empresas não-financeiras mostrarem rombos milionários devido à sua vulnerabilidade às oscilações do câmbio, o Itaú procurou deixar claro que seus investimentos no exterior possuem "operações de hedge [proteção] em moeda, não havendo exposição a risco de variação cambial".