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Estado de Minas

Educação para saber gastar


postado em 26/10/2008 10:43 / atualizado em 08/01/2010 04:08

A engenheira Cláudia Mendonça Castro é dona de empresa e recorre à poupança(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D. A Press)
A engenheira Cláudia Mendonça Castro é dona de empresa e recorre à poupança (foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D. A Press)
Para quem não tem um salário fixo todos os meses, o controle com as finanças é ainda mais importante. A engenheira Cláudia Mendonça Castro sabe muito bem disso e recorre à segurança da poupança para os momentos de instabilidade do mercado. Dona de sua própria empresa e prestadora de consultorias, treinamentos e auditorias, Cláudia não tinha uma renda estável, mas conquistou contratos fixos para garantir um salário mensal que custeie seus gastos. Mas, como o que ganha está atrelado ao humor do mercado, ela sempre mantém uma reserva para os momentos incertos.

Quanto aos bens que tem hoje, foram todos adquiridos com financiamento, mas tudo muito bem planejado. “Avalio se o juro é menor que o do cheque especial e se o tamanho da prestação está dentro do que ganho ou do que virei a ganhar”, explica. A engenheira se atém ao consumo de bens essenciais e não se deixa deslumbrar com o poder de compra.

Wilson Benício Siqueira, presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, explica que a educação financeira começa com o corte de bens supérfluos e desnecessários. “É importante também planejar a poupança antes de comprar. A pessoa não deve ser ansiosa no consumo”. Wilson ainda alerta que as dívidas não devem exceder 25% do salário líquido.

Além de dar os conselhos, Wilson os segue ao pé da letra e só compra quando pode ou quando vale a pena. “Busco dar preferência ao pagamento à vista, principalmente se tiver um bom desconto. Caso contrário, compro em parcelas fixas, sem juros, e mantenho o dinheiro em uma aplicação, porque acaba rendendo alguma coisa.” O economista planeja uma viagem para o próximo ano, que pode ser para a China. Mas, independentemente do destino, o planejamento dos gastos já está em andamento. “Faço constantes consultas para avaliar qual será o meu potencial de gasto durante a viagem. Começando a guardar com uma certa antecedência, ainda garanto algum rendimento”, explica.

Sem riscos

Para quem quer começar o pé-de-meia hoje, a dica é aplicar o dinheiro em renda fixa ou até mesmo na poupança. O momento econômico não é de encarar riscos. Na hora de comprar, corra do cheque especial. “Se precisar de dinheiro, recorra ao empréstimo pessoal no banco, que ainda tem juros de até 4% ao mês. Cartões de crédito e cheque especial chegam a juros de 10% a 12% ao mês”, esclarece.

Se muitas pessoas já têm traçado o destino do dinheiro que vão acumulando, 20% dos entrevistados que fizeram parte da pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro poupam sem saber como vão gastar as economias. É o caso da médica Margareth Costa, que, para garantir seu futuro, costuma investir em previdência privada e na bolsa de valores, mas não abre mão do financiamento para adquirir patrimônio. “Nunca fui de gastar mais do que poderia pagar. Economizo sem estabelecer metas, mas já aconteceu de comprar o que queria por ter economizado”, lembra. (ZF/PT)


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