Desde a invasão da Russia à Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, parte da população russa se posicionou contra o ataque ao outro país. Segundo OVD-INFO, organização russa independente que monitora abusos políticos, mais de 7,5 mil pessoas foram presas por participarem de protestos não autorizados pelo governo russo, entre elas Elena Osipova, de 78 anos.
Leia Mais
Pobres deixados para trás: a desigualdade na guerra Rússia x Ucrânia'Kiev não é Iraque ou Afeganistão': racismo e xenofobia na guerra da RússiaVoto feminino no Brasil faz 90 anos, mas desigualdade política segue altaDeputada relata ameaças de homens armados durante visita a quilombosProfessora brasileira que trabalha com inclusão vira boneca BarbieJovem surda viraliza ao ouvir músicas famosas pela primeira vezA pintora e ativista é uma sobrevivente do Cerco a Leningrado, uma ação militar na direção à cidade de Leningrado, na então União Soviética, pelas tropas nazistas que durou de setembro de 1941 a janeiro de 1944. Uma das obras mais conhecidas de Elena é um painel de grafitti, que dedicou a uma amiga que perdeu toda a família durante o cerco.
Este não é o primeiro protesto que Elena faz contra a invasão russa em solo ucraniano. No dia 27 de fevereiro, a artista levou três cartazes para uma avenida de São Petersburgo: um exibia uma lápide com o perfil do presidente russo Vladimir Putin com corvos nos ombros e a frase “a múmia da guerra leva a Rússia à destruição e à loucura". Outro cartaz mostrava uma mulher entregando armas a jovens vendados em um cemitério. Elena também segurou um terceiro cartaz com os dizeres “Soldado! Largue a arma e você será um verdadeiro herói para o país!”.
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz