Jornal Estado de Minas

RACISMO NA ZARA

Loja Zara é acusada de racismo em unidade de shopping em Salvador


A unidade da loja Zara no Shopping Bahia, em Salvador, está sendo acusada de racismo. Dessa vez, um homem negro que visitava a loja foi abordado por seguranças e obrigado a abrir sua mochila. O caso aconteceu nesta terça-feira (28/12).





O homem aparece em filmagens registradas por outros clientes que também estavam na loja no momento. “Eu tenho educação, eu compro o que eu quiser”, declarou, indignado, em trecho do vídeo, enquanto mostrava seus pertences e documentos dentro de sua mochila.



Em nota divulgada, o Shopping Bahia mencionou não concordar com os acontecimentos registrados no vídeo.

“A administração do Shopping da Bahia não compactua com qualquer ato discriminatório e incluirá as imagens deste fato nos treinamentos internos para evitar que se repitam", diz a nota.





A loja Zara já foi acusada de racismo em outras situações neste ano. Em setembro, uma delegada negra de polícia foi barrada ao tentar entrar em uma unidade da Zara em Fortaleza, Ceará. A justificativa dada pela loja foi de que a delegada Ana Paula Barroso estava consumindo um sorvete no momento de entrar no estabelecimento.

CÓDIGO PARA SUSPEITOS

O caso da unidade de Fortaleza intensificou os debates sobre racismo em estabelecimentos comerciais, pois indicou a existência de um código utilizado entre os funcionários para anunciar a outros funcionários que clientes considerados suspeitos estavam dentro do estabelecimento. A cada pessoa negra considerada suspeita que entrasse na Zara, o sistema de som anunciava “Zara, Zerou”.
 
O código foi denunciado por uma ex-funcionária da Zara, que prestou depoimento no caso de racismo da unidade Zara de Fortaleza, no Ceará. O gerente foi denunciado pelo crime de racismo.

* Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira