Jornal Estado de Minas

DIREITOS DA JUVENTUDE

Centro Socioeducativo Horto registra queda em número de jovens internados


O Centro Socioeducativo Horto, localizado na Região Leste de Belo Horizonte, está com menos jovens internados em comparação com números registrados antes do início da pandemia de COVID-19. Atualmente, são 17 jovens, de acordo com a Comissão de Estudos da Juventude Negra da CMBH, que realizou visita ao local nessa quinta-feira (07/10), liderada pela presidente da comissão, a vereadora Iza Lourença (PSOL).





Esta quantidade de jovens internados no local, segundo Iza, é um fator muito importante para garantir os direitos e as condições básicas e seguras de alojamento. “A superlotação é uma situação muito ruim para o desenvolvimento do trabalho socioeducativo”, destaca a vereadora, que sugere a continuação da quantidade de interações para além da pandemia, garantindo que elas aconteçam apenas em último caso.

No Centro Socioeducativo Horto, a capacidade máxima total é de 50 adolescentes. No entanto, anteriormente à pandemia, a mesma unidade socioeducativa chegou a ter mais de 80 jovens acolhidos, o que, de acordo com Iza, dificulta o trabalho principal dos centros.

Outra situação sobre os centros socioeducativos é em relação à visita de familiares e parentes. Atualmente, as visitas acontecem a cada quinze dias. A indicação de Iza Lourença, da vereadora Macaé Evaristo (PT), de representantes do Desencarcera MG e das assessorias dos vereadores Wesley (PROS) e Gilson Guimarães (REDE), é de que as visitas aos internados aconteçam semanalmente.





“A visita aos centros socioeducativos é importantíssima para o acolhimento e para a auto-estima dos adolescentes que estão internados, inclusive para que não voltem a cometer infrações”, destaca Iza Lourença. 

Centros fiscalizados em BH

Em setembro, o Centro de Internação Provisória (Ceip) Dom Bosco, também na Região Leste da capital, foi fiscalizado por suas condições internas de funcionamento. Em requerimento exigido pela vereadora Iza Lourença, a Comissão de Estudos sobre Empregabilidade, Violência e Genocídio de Jovens Negros visitou o local para verificar suas condições internas.

Nessa mesma unidade do Ceip, em fevereiro, agentes socioeducativos denunciaram que o local estava com focos de COVID-19, registrando a morte de um funcionário e a contaminação de outros nove agentes.

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