Jornal Estado de Minas

MULHERES NA POLÍTICA

Brasileiros acreditam que mais mulheres na politica traria paz ao mundo


Em pesquisa realizada entre 23 de julho e 6 de agosto deste ano, o Instituto Ipsos verificou que dos 28 países onde os dados foram coletados, 18 concordam que o mundo seria mais pacifico e bem-sucedido se tivéssemos mais mulheres em posição de liderança na política. 



Enquanto a média mundial é de 54%, o Brasil apresenta uma média de concordância de 72% com a afirmação, liderando como país que mais acredita na representatividade feminina no mundo. Em segundo lugar temos Peru e Colômbia, empatados com 70%, e em último lugar está a Coreia do Sul, com apenas 33%.
 
Em todos os países, as mulheres apresentaram maiores níveis de concordância que os homens, com diferença média na global de 12%. O Brasil também se destaca nessa questão, com 77% das pessoas que concordaram sendo mulheres e 67%, homens, ou seja, a diferença entre as médias é de 10%. 

Segundo as regras eleitorais em vigência no Brasil, pelo menos 30% das verbas do Fundo Eleitoral deve ser destinadas a campanhas de candidatas, o que seria um incentivo à conquista de mais cargos por mulheres. Infelizmente tal determinação nem sempre é cumprida por todos os partidos.



Baixa representatividade no Brasil
Mesmo que as últimas eleições tenham batido recorde de participação, hoje o Brasil apresenta pouca representatividade feminina na política, com apenas 15% dos cargos no senado e câmara dos deputados, 13% nas prefeituras e apenas uma mulher ocupando cargo como governadora: Maria de Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.

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Apesar das dificuldades enfrentadas pelas mulheres que seguem a carreira política, o que o estudo aponta é que existe uma vontade da população brasileira em ter mais mulheres ocupando cargos chave na política, o que, e com o incentivo e investimento efetivos, pode vir a se concretizar nos próximos anos.

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