Jornal Estado de Minas

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Na quarentena, consumidores têm a chance de comprar chocolate diretamente das fábricas

O comércio on-line não era a prioridade de duas fábricas de chocolate, que se concentravam na relação com lojistas. Mas a pandemia mostrou que os negócios podem estar mais próximos dos consumidores. No momento, os pedidos pelo site são o principal canal de vendas das empresas. Com isso, produtos que eram encontrados em empórios e supermercados estão a um clique de casa.




 
O plano da Ambar, inaugurada há oito meses, era vender no e-commerce apenas as barras de chocolate tradicionais, já que o foco seria a revenda. Mas, com a pandemia, a marca teve que diversificar a oferta para atrair o público. “Temos observado que o consumidor final tende a pedir aquilo que enche os olhos, eles querem surpresa. Então, quando o produto tem um diferencial além do chocolate, chama mais a atenção”, comenta a sócia responsável pelo desenvolvimento de produtos, Helena Avelar.
 
O mais recente lançamento, uma barra de chocolate de um quilo com recheio, virou sucesso instantaneamente e tem monopolizado os pedidos. Batizada de Despertar dos sentidos, a barra tem casca de chocolate 55% e recheio em camadas de biscoito, caramelo com flor de sal e caramelo de chocolate 42% com cumaru. A caixa de bombons também chegou para surpreender os clientes (eles são pintados a mão e recheados com sabores que mudam toda semana). Há mais de 40 opções, entre eles mexerica com azeite, caramelo de cupuaçu com coco e chocolate com avelã.

Outra novidade são as experiências de harmonização e degustação, que era um projeto presencial e teve que ser adaptado para o on-line. Os clientes recebem em casa um kit com chocolate e outro produto, como café e chá. Como sugestão de presente, kits com chocolate e peças únicas de cerâmica. Além disso, a loja virtual mantém disponíveis os clássicos drageados de café (grãos especiais envoltos em uma camada de chocolate) e as barras de 80g ao leite com cumaru, meio amargo e amargo, com cacau da Bahia, que seguem o conceito bean to bar (da amêndoa ao produto final).




 
Feita de chocolate 55%, caramelos e biscoito, a barra de um quilo da Ambar está entre os produtos mais vendidos (foto: Helena Avelar/Divulgação)
 
A marca já avisa que vai continuar com o e-commerce, por ser o meio de contato com o cliente final (loja física não está nos planos). “Tenho percebido que existe a tendência de os nossos clientes continuarem comprando por delivery depois que tudo passar. As pessoas gostam de receber em casa, mesmo que tenham a possibilidade de buscar”, observa Helena. As entregas são programadas para toda sexta-feira. A partir de R$ 120, o frete é grátis.
 

Nova plataforma

 
O e-commerce da Java existe desde 2015, mas o movimento era bem tímido, pois a marca vendia diretamente para lojistas. Diante da pandemia, a solução foi concentrar todos os esforços na loja virtual. “Passamos uma noite inteira cadastrando produtos e colocamos no ar uma plataforma mais moderna. Revisamos preços, prazos e formas de entrega”, conta a fundadora, Aline Alves.

Acostumada a vender caixas com 10 barras, a marca passou a disponibilizar no site a compra por unidade dos chocolates sem glúten, sem leite e sem soja. Curiosamente, o que tem mais saída são as chamadas barras culinárias (de 1kg e 5kg) dos chocolates puros, que vão de 42% a 100% cacau. “Percebemos uma migração de compra de produtos para levar na bolsa para os maiores. Acho que, como as pessoas estão mais em casa, estão usando para cozinhar ou estão guardando.”




 
Os lançamentos não pararam na pandemia. A Java oferece para datas comemorativas corações de chocolate recheados com caramelo, bombons de cappuccino ou trufas de cranberry. O site conta com mais uma novidade, a barra quebra-quebra, feita de chocolate 70% cacau com pedaços de caramelo crocante e um toque de flor de sal do Himalaia.
 
As entregas são realizadas todos os dias em BH por motoboy ou pelos Correios (quando o cliente está em outra cidade). Os chocolates também estão disponíveis nos aplicativos de delivery para envio imediato. Aline acredita que as vendas on-line vão continuar. “Acho que a pandemia vai mudar muito o comportamento dos consumidores. Mesmo os produtos que eles não estavam acostumados a comprar on-line, como o chocolate, vão ter saída. Por que não comprar de uma vez o que vai consumir no mês inteiro?”
 

Serviço

 
Ambar 
(31) 99133-7528

Java  
(31) 97326-7809