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Estado de Minas CONHECENDO A COZINHA

Notas


postado em 08/09/2019 04:00 / atualizado em 05/09/2019 14:45

Em Porto, Eduardo Maya experimentou uma pizza com fatias de linguiça, brotos e ovo frito(foto: Eduardo Maya/Divulgação)
Em Porto, Eduardo Maya experimentou uma pizza com fatias de linguiça, brotos e ovo frito (foto: Eduardo Maya/Divulgação)


Novo destino: Portugal

Depois da Itália, foi a vez de Portugal entrar no mapa da pizza. Através do projeto Rota da Pitza, Eduardo Maya roda o mundo para apresentar várias formas de servir a redonda. Nesta viagem, o gastrônomo visitou pizzarias em Lisboa, Porto e cidades do entorno e encontrou uma unanimidade. Diferentemente dos italianos, que em cada região abraçam um estilo diferente, todos os portugueses gostam de massa fina e estaladiça (para nós, crocante). Outro ponto em comum: além de molho de tomate e muçarela, os pizzaiolos de lá privilegiam ingredientes locais, entre eles os enchidos (embutidos), frutos do mar e grelos (brotos). Eduardo comeu duas pizzas bem características em Porto, uma com fatias de linguiça, grelos e um ovo frito e outra com camarão, mexilhão e lula (em cima dela, um limão pronto para ser espremido). Falando nisso, pizza portuguesa com presunto, azeitona, ovo cozido, pimentão e cebola não existe no país, é uma invenção do Brasil. Em Lisboa, o gastrônomo destaca o trabalho do chef José Avillez, da Pizzaria Lisboa. “Hoje ele é o cara mais bem-sucedido da gastronomia em Portugal, tem diversos negócios, inclusive um restaurante com duas estrelas Michelin”, comenta. Lá, ele experimentou a de chouriço, cebola e pimentão. Os portugueses comem pizza com garfo e faca, mas em uma das pizzarias tem o aviso: come-se também com as mãos, sem esquecer a borda. Seguindo a ideia de mostrar diferentes estilos de pizza espalhados pelo mundo, a Rota da Pitza desembarca em Nova York em novembro. O destino seguinte será São Paulo.

 

Aula na destilaria
Uísque virou o novo gim. Aos poucos, vai despertando mais o interesse do público. Para conhecer melhor este destilado, de origem escocesa, dois especialistas se preparam para a terceira edição do Backer Whisky Experience, marcado para o dia 18, no Templo Cervejeiro Backer, Bairro Olhos d'Água. Rafael Sá e Ricardo Fonseca vão falar sobre história, diferentes estilos, single malte X blended e métodos de produção, em uma visita guiada pela destilaria da Backer, que produz o premiado uísque 3 Lobos. Os participantes serão convidados a degustar seis rótulos diferentes, incluindo escoceses, irlandeses, norte-americanos e o mineiro. No fim, uma harmonização com pratos do cardápio da casa. Os ingressos custam R$ 200 e devem ser adquiridos pelo Sympla. 

 

O corte Pobre Juan é a ponta mais suculenta do bife ancho(foto: Mauro Holanda/Divulgação)
O corte Pobre Juan é a ponta mais suculenta do bife ancho (foto: Mauro Holanda/Divulgação)

 

Inspiração portenha
Demorou, mas enfim a casa de carnes Pobre Juan desembarcou em Belo Horizonte. Mineiro de São Sebastião do Paraíso, o sócio Cristiano Melles, que iniciou o negócio há 15 anos em São Paulo, esperava uma boa oportunidade para não fazer feio entre seus conterrâneos “ressabiados”. Com inspiração portenha, o restaurante utiliza uma parrilla para preparar as carnes. Todos os cortes são de raças britânicas vindas da Argentina e do Uruguai. O mais famoso deles tem o mesmo nome da casa, pensado para homenagear o parrilleiro, que todo dia enfrenta altas temperaturas na cozinha. Traduzindo do espanhol para o português, vira “coitado do João”. O bife Pobre Juan é a ponta mais suculenta do bife ancho. “É um corte difícil de encontrar, o mais comum é servir o bife ancho inteiro”, destaca. Para acompanhar, nada melhor que escolher duas especialidades da casa, a farofa puxada na manteiga com cebolas finas empanadas e a curiosa batata suflê, que chega à mesa estufada e bem crocante. Explica-se: fatias de batata asterix em formato oval passam três vezes pelo óleo em temperaturas diferentes e, com o choque térmico, inflam. Quem quiser seguir os sabores argentinos pode pedir empanadas de carne tostadas na brasa ou linguiça de lombo suíno como entrada e, de sobremesa, churros de doce de leite. Melles já pensa em utilizar ingredientes mineiros no cardápio da loja em BH e quer ouvir do público as sugestões. Outro plano é abrir mais uma unidade na cidade, quem sabe no Lourdes. 

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