A força de mulheres determinadas, cujo sucesso, em diferentes áreas de atuação, é fruto da perseverança na luta por seus filhos. Esse é o fio que conecta as personagens da segunda edição de “Mães do Brasil”, especial documental que será exibido nesta terça-feira (2/5), às 23h, na Globo. A produção traz seis histórias de mulheres fortes, com diferentes idades, religiões e atividades profissionais, mas um grande elo: a luta para proporcionar aos filhos uma vida melhor, com seu próprio suor, independentemente das muitas barreiras que enfrentam na vida. 





Produzido pela Favela Filmes, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), o especial tem direção de John Oliveira e Karol Maia, e foi inspirado no projeto social Mães da Favela, da própria Cufa. A exibição, que abre as homenagens ao mês das mães no canal, trará as trajetórias de Jéssica, Maureny, Rafaela, Marcela, Suedy e Fátima – mulheres diversas entre si, mas que são como um espelho para a maior parte das mães país afora. “Estamos vivendo um momento em que está todo mundo buscando um certo tipo de inspiração, de esperança, de novos nortes. Esse filme é para nos ajudar a imaginar um novo Brasil, que de forma nenhuma poderia ser construído sem as mulheres e sem as mulheres negras”, declara Karol Maia.

Jéssica Azeredo tem 26 anos, é moradora da Barreira do Vasco, comunidade na Zona Norte do Rio de Janeiro, e sonha em ser atriz. Mãe de dois, ela ganha a vida como ambulante na praia de Copacabana. Já Maureny Silva engravidou em 1988, enquanto morava na casa de seus antigos patrões, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Ela saiu do emprego para conseguir criar Ingrid. Nunca deixou de acreditar no sonho de sua filha, que, desde pequena, já se interessava pelo balé. Hoje, Ingrid Silva orgulha o Brasil, atuando como bailarina principal da companhia Dance Theatre Of Harlem, em Nova York.

Moradora do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, Rafaela França é mãe de Maria, de 4 anos. Ao receber o diagnóstico de autismo, ela foi atrás de médicos e tratamentos para a filha na rede pública de saúde. Desde então, iniciou o movimento NEEM, que ajuda famílias em vulnerabilidade. Marcella Dias nasceu e cresceu na Favela São Remo, no Butantã, em São Paulo. Aos 15 anos, grávida, foi expulsa de casa. A partir do primeiro emprego em um salão de beleza, ela se especializou e hoje é dona de uma rede de salões na periferia. Suedy Pinho, de Salvador, seguiu o pai na profissão de contador e faz sucesso criando o filho e conteúdo sobre empreendedorismo e contabilidade nas redes sociais. Mãe de quatro mulheres, uma enteada e avó de seis crianças, Fátima Gavião tem 63 anos e mora no Calabar, um dos bairros mais violentos da capital baiana. Determinada a inspirar suas filhas e netas, se formou em humanidades pela UFBA, aos 58 anos. É criadora do coletivo Mulheres de Fibra do Calabar, que promove ações de cultura, direito, saúde e esporte.

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