Vai ter brasileiro em Cannes! O festival anunciou, nesta quinta-feira (13/4),  que sua 76ª edição contará com a estreia do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho na Seleção Oficial do evento, em uma sessão especial fora da competição. O cineasta apresentará o documentário ‘Retratos fantasmas’. 





Esse é o quinto longa da carreira do diretor e seu quarto filme a ser exibido em Cannes: o primeiro foi curta ‘Vinil verde’, em 2005. Em seguida vieram ‘Aquarius’, estrelado por sônia Braga, em 2016; e ‘Bacurau’, em 2019, que levou o prêmio do júri, o terceiro mais importante do festival. Kleber Mendonça Filho também integrou o júri da competição em 2021. 


‘Retratos fantasmas’ se passa no centro da cidade de Recife, em Pernambuco, e conta a história de dois cinemas de rua da cidade, o Cinema Veneza e o Cine São Luiz. O Festival de Cannes deste ano será entre os dias 16 e 27 de maio, na Riviera Francesa. O diretor sueco Ruben Östlund, vencedor de duas Palmas de Ouro, vai presidir o júri da competição. 

Mais brasileiros em Cannes

Além de  Kleber Mendonça Filho, outros dois diretores vão participar do Festival de Cannes. Diretor de ‘Praia do futuro’ e ‘Madame Satã’, Karim Aïnouz disputa a Palma de Ouro, maior prêmio do Festival, com ‘Firebrand’.



O filme aborda o casamento do rei britânico Henrique VIII com sua última esposa, Catarina Parr. O monarca é interpretado por Jude Law, e Alicia Vikander é a rainha. É a primeira vez que Aïnouz, que venceu a mostra "Un Certain Regard" em 2019 com "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", está na competição principal.

Ao todo, 19 filmes disputarão o prêmio, incluindo nomes como o americano Wes Anderson, o britânico Ken Loach e o alemão Wim Wenders.


O outro filme é ‘A flor do buriti’, da diretora brasileira Renée Nader Messora, com co-direção do português João Salaviza. O curta-metragem estreará na mostra paralela Un Certain Regard (Um certo olhar), a segunda mais importante de Cannes.

O filme foi filmado na Terra Indígena Kraholândia, no Tocantins, e mostra as violências sofridas pelo povo Krahô e a luta para defender sua terra. A dupla de diretores levou o  prêmio especial do júri com ‘A chuva é cantoria na aldeia dos mortos", em 2017.


Na ediçãode Cannes de 2022, o Brasil participou apenas com o drama ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, em uma mostra especial. O filme foi dirigido por Glauber Rocha em 1964.

 

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