Jornal Estado de Minas

MÚSICA

Maria Gadú traz a BH o show do disco "Será que isso quer dizer amor"


Feliz por estar de volta a Belo Horizonte, onde não faz show já há alguns anos, a cantora, compositora e violonista paulista Maria Gadú se apresenta neste sábado (9/7), à meia-noite, n’A Autêntica.



Ela aproveita para fazer o lançamento do novo álbum, “Será que isso quer dizer amor” (Slap/Som Livre), e também para comemorar os 20 anos de carreira. O cantor, compositor e instrumentista mineiro Bemti é quem faz a abertura do show da cantora.

“Será que isso quer dizer amor” traz 12 faixas, com regravações de compositores conhecidos da MPB que serviram de inspiração a Gadú, como Milton Nascimento, Marisa Monte, Caetano Veloso e Rita Lee, entre outros.



A cantora se apresenta acompanhada de Felipe Roseno (percussão) e Ana Carina Sebastião (baixo). “Gosto de tocar guitarra e violão. Na verdade, gosto mesmo é de tocar e acho que cada instrumento tem a sua identidade, o seu caráter, enfim. Mas, para esse show, estou levando somente a minha guitarra”, conta. 





Ela comenta que ainda não conhece A Autêntica, que reabriu após a pandemia em novo endereço, mas tem ótima expectativa em relação ao show. “Tenho a certeza de que o público mineiro, que sempre me acolheu com muito carinho, irá participar e cantar junto comigo, pois são músicas muito conhecidas. Esse álbum é comemorativo dos meus 20 de carreira, porque não conto como se ela começasse a partir do meu primeiro disco.”


Bares

 Na realidade, Gadú começou a trabalhar com música há 20 anos tocando em bares. “Se a pessoa se apresenta em bares, tem que aprender milhares de músicas, de milhares de compositores, e isso é fantástico, pois se aproxima da obra de muita gente.

Então, quando resolvo fazer esse disco, é sinal de que ele tem mais a ver com essa parte da minha história, do que da minha carreira de compositora.”

Mas ela aponta que canta no show também canções de sua carreira. “Gosto de dizer que é um show festivo. Na verdade, vou fazer um apanhado geral de todos esses anos, mas posso garantir que é um show para o público cantar junto comigo.



Nesse disco tem músicas de compositores como Paulinho Moska, Gonzaguinha, Renato Russo, Zé Ramalho, Beto Guedes e Fernando Cabrera, entre outros artistas.”

Como está fazendo o lançamento do novo trabalho agora, Gadú ainda não tem planos de um novo disco. “Na verdade, o meu processo de gravação é mais lento, tanto que o último disco autoral que lancei foi em 2015. Pensa em uma pessoa lenta!”, brinca a artista.

Além de cantora e compositora, Gadú também é ativista da causa socioambiental. “Trabalho com os indígenas já há muitos anos”, conta. Ela acaba de participar da série “O som do rio”, já está disponível no YouTube. “Dirigido por Carol Quintanilha, com produção de Maria Farinhas Filmes (Aruanas), o documentário foi feito durante uma viagem na Amazônia paraense, pelo Rio Tapajós, encontrando indígenas e conhecendo a floresta, muito legal”, conta. 


Bemti

O cantor, compositor e instrumentista Luís Gustavo Oliveira Coutinho, mineiro da Serra da Saudade, mais conhecido como Bemti, que fará a abertura da noite hoje, se especializou em usar a viola caipira na música indie folk brasileira e pelo estilo queer-folk, synthpop e MPB.

Lançou os álbuns de estúdio “Era dois” (2018) e “Logo ali” (2021). Ele se apresenta pela primeira vez em BH e canta músicas de seu álbum “Logo ali”. O disco já ultrapassou a marca de meio milhão de plays no Spotify e conta com as participações de Fernanda Takai, Jaloo, Josyara, entre outros artistas.

MARIA GADÚ E BEMTI
Show neste sábado (9/7), a partir das 21h, n’A Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312, Santa Efigênia). Ingressos: R$ 80 e R$ 50 (meia). Mais informações: 31.3654-9251.