Jornal Estado de Minas

SHOW

Erasmo festeja chegada da bisneta com rock na veia e apelo ambientalista


Um verdadeiro show de rock. Assim pode ser definida a apresentação do cantor e compositor Erasmo Carlos, no último domingo (29/5), no Grande Teatro Palácio das Artes. Ele trouxe a BH a turnê “O futuro pertence à... Jovem Guarda”, nome do álbum lançado em fevereiro pela gravadora Som Livre. Com casa lotada, o “Gigante Gentil”, como é chamado, mandou ver. E não levou em conta os 81 anos que vai completar no próximo domingo (5/6).





Com a competência de sempre, relembrou vários hits da Jovem Guarda. Abrindo com “O bom”, de Eduardo Araújo, mineiro de Joaíma, ele cantou sucessos dos VIPs, Leno e Lílian, Golden Boys e músicas autorais, além de relembrar sua eterna parceria com o rei Roberto Carlos.

COVID E CTI

Com a voz um pouco rouca, talvez em consequência da COVID que o pegou em agosto do ano passado, quando ficou 12 dias internado no CTI de um hospital no Rio de Janeiro, ele conquistou a plateia. Depois de muitas sessões de fonoaudiologia, o “Tremendão” vai, aos poucos, se recuperando e voltando à velha forma. Sem qualquer dúvida, é o pai do rock brasileiro.

Com a banda supercompetente formada pelo maestro José Lourenço nos teclados, Luiz Lopes (violão, guitarra e vocal), Pedro Dias (baixo e vocal), Gustavo Camardella (guitarra) e Rike Frainer (bateria), Erasmo fez um show histórico, mostrando ao público mineiro como começou esse tal de rock and roll tupiniquim. Os meninos da banda deram um show à parte, demonstrando ter o velho ritmo nas veias.





A plateia interagiu o tempo todo com o ídolo do rock, cantando, aplaudindo e gritando juras de amor. E Erasmo, com aquela calma de sempre, correspondia, cantando hits da Jovem Guarda e versões. “Alguém na multidão” (Rossini Pinto), “Esqueça” (Mark Anthony), “Devolva-me” (Lilian Knapp e Renato Barros), “O bom” (Eduardo Araújo e Carlos Imperial), “Vem quente que estou fervendo” (Eduardo Araújo), “Nasci para chorar” (Dion DiMucci) e “Você me acende” (Ian Whitcomb) fizeram parte da noite nostálgica.

Da parceria com Roberto Carlos, ele mandou “Eu sou terrível”, “Quero que vá tudo para o inferno”, “A volta”, “É proibido fumar”, “Gatinha manhosa” e “Sentado à beira do caminho”.

Além dessas, o roqueiro ainda mostrou os sucessos autorais “A carta”, “Minha fama de mau” e “Mulher (Sexo frágil)”, dedicando esta última, claro, à plateia feminina.

 

FELICIDADE

O Gigante Gentil aproveitou para revelar um dos motivos de sua felicidade naquele momento: o nascimento da bisneta, nos Estados Unidos. E também para mandar um recado, pedindo a todos que cuidem melhor do meio ambiente.

“O nosso planeta está sujo e precisamos limpá-lo para a jovem guarda. Precisamos deixar um mundo melhor para os que virão”, afirmou.

O Tremendão brindou o público com um belo show, abrilhantado pela cozinha formada por músicos jovens e competentes. A apresentação foi encerrada com “Vem quente que estou fervendo”, levando o público ao delírio e dando espaço para que os meninos da banda mostrassem seu talento. Enfim, quem não foi perdeu um grande show.