Jornal Estado de Minas

NA TELONA

Homem-Aranha bate recorde e traz alívio para a indústria do cinema


“Homem-Aranha: Sem volta para casa” alcançou a terceira maior arrecadação no fim de semana da estreia da história do cinema nos Estados Unidos, com faturamento de US$ 253 milhões, segundo estimativas da empresa especializada Exhibitor Relations.





Esperado ansiosamente por Hollywood e adiado devido à chegada da pandemia da COVID-19, o filme só perde para “Vingadores: Ultimato” (US$ 357 milhões) e “Vingadores: Guerra infinita” (US$ 258 milhões), de acordo com o site Box Office Mojo. Trata-se do maior lançamento dos estúdios Sony, segundo o site Deadline.

O bom resultado se repetiu no Brasil, onde o longa arrecadou cerca de US$ 89 milhões, atraindo 4 milhões de pessoas às salas de exibição, informou a ComStore, que analisou números relativos ao período que foi de quinta-feira (16/12) a domingo (19/12).

“Encanto”, que liderava o ranking nacional nas últimas semanas, ficou em segundo lugar, com R$ 1,8 milhão, seguido por “Casa Gucci” (R$ 448 mil).

Zendaya e Tom Holland formam o casal de astros de ''Homem-Aranha: Sem volta para casa'' (foto: Sony/divulgação)


TOM HOLLAND

Esse é o terceiro filme em que o ator britânico Tom Holland interpreta o Homem-Aranha. Versões anteriores, estreladas por Tobey Maguire e Andrew Garfield, também arrasaram nas bilheterias.





A história do novo Homem-Aranha começa onde “Longe de casa” parou em 2019, com a revelação pública da verdadeira identidade do super-herói, Peter Parker, pelo vilão Mysterio.

O jovem estudante tenta desesperadamente voltar ao anonimato com a ajuda de outro personagem da Marvel, Doutor Estranho, interpretado por Benedict Cumberbatch.

A indústria cinematográfica comemora o desempenho do super-herói aracnídeo, pois ele superou as expectativas. 

Antes da estreia, as previsões eram otimistas – esperava-se a arrecadação de US$ 150 milhões no fim de semana nos Estados Unidos e no Canadá. Contudo, a boa bilheteria registroucerca de US$ 100 milhões a mais.





“Durante todo este ano, a indústria tem dado um passo para frente e depois dois passos para trás”, comentou Paul Dergarabedian, analista da ComScore, empresa especializada em avaliar a mídia. “O desempenho de 'Homem-aranha' é realmente importante”, afirmou.

O filme original, com Tobey Maguire e lançado em 2002, foi o primeiro longa da história do cinema mundial a arrecadar mais de US$ 100 milhões em seu fim de semana de estreia.

Na estreia do blockbuster em Los Angeles, na última semana, o ator Tom Holland enumerou os méritos do filme que estrelou, destacando a “nostalgia” e “a celebração do cinema”.


Embora 2021 esteja a caminho de dobrar a bilheteria da indústria do cinema em relação a 2020, em plena pandemia, há mais fracassos que sucessos. Filmes dirigidos a públicos mais adultos, como o remake de “Amor, sublime amor”, de Steven Spielberg, não corresponderam à expectativa.





Nos EUA e Canadá, a animação da Disney “Encanto” saltou do terceiro para o segundo lugar, arrecadando US$ 6,5 milhões no último final de semana, obtendo o total de US$ 81,5 milhões desde sua estreia, há um mês.

O terceiro lugar ficou com o musical de Steven Spielberg, que liderou as bilheterias em sua estreia na semana passada, faturando US$ 3,4 milhões. 

Em quarto lugar, vem a comédia “Ghostbusters: Mais além”, com US$ 3,4 milhões no fim de semana e US$ 117 milhões em cinco semanas de exibição.

DEL TORO

Outra estreia no último fim de semana, o filme de Guillermo del Toro, “O beco do pesadelo”, ficou em quinto lugar, obtendo US$ 3 milhões, apesar de seu elenco repleto de estrelas: Bradley Cooper, Cate Blanchett e Willem Dafoe.




Apesar dos bons ventos, especialistas advertem: a recuperação da indústria do cinema tem ainda longo caminho pela frente, especialmente diante do temor da nova onda de COVID-19 devido à variante ômicron. (AFP e redação)

Efeito streaming

Enquanto a Disney tem os direitos cinematográficos da maioria dos personagens da Marvel, a concorrente Sony controla o Homem-Aranha. Para analistas, não é coincidência a Sony, único grande estúdio tradicional de Hollywood que não conta com seu próprio serviço de streaming, colher bons resultados. “Certamente, não ter tantas opções para lançar no streaming deixou a empresa em boa posição”, explica Paul Dergarabedian, da ComScore.