Jornal Estado de Minas

124 ANOS

No aniversário de BH, artistas contam como anda sua relação com a cidade

Nos 124 anos de Belo Horizonte, completados neste domingo (12/12), o Estado de Minas procurou artistas belo-horizontinos de nascimento e de coração para saber como anda a relação deles com a cidade. Confira as respostas: 

 

. Anderson Noise, DJ e produtor

Nascido em BH, depois de uma temporada de 13 anos em São Paulo, há nove voltou a morar na cidade

“Para mim, o mais importante de morar em Belo Horizonte, mesmo trabalhando pouco na cidade, é estar ao lado da família e de vários amigos. Onde moro, na Savassi, é tudo muito fácil. Você encontra um monte de gente, fica no meio da confusão e resolve tudo. Mas ainda estou saindo pouco, também porque a demanda de trabalho (fora de BH) está grande.”





 

(foto: Daniel Bianchini/Divulgação)
 

. Fabrício Carpinejar, escritor

 

Nascido em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, há cinco anos, desde que se casou com a mineira Beatriz, vive na cidade
 

“Foi muito difícil passar todo o período de isolamento em Belo Horizonte porque ela é uma cidade feita com as cadeiras na calçada. É também uma cidade em que você emenda programas. Você nunca sai só para um café. Gosto desta disponibilidade, que é muito característica de Belo Horizonte, de improvisar, de fazer amigos pelo caminho. O belo-horizontino tem paixão por romper com sua programação. E ele é o único capaz de almoçar em um restaurante para comer sobremesa em outro. Ainda não sou tão quieto quanto o mineiro, mas já estou em processo de transformação.”


(foto: Bianca Aun/Divulgação)

. Inês Peixoto, atriz e diretora, do Grupo Galpão 

Nasceu e sempre viveu em Belo Horizonte


“Gosto de viajar, e isto também tem muita relação com a minha profissão, mas gosto muito de voltar para Belo Horizonte. A cidade, como todas as grandes, tem crescido de forma desumana, carecendo de mais cuidado com a arborização, por exemplo. O crescimento é muito mais em função dos automóveis do que dos humanos. Apesar disto, tenho paixão por Belo Horizonte, talvez por ter crescido aqui. Me sinto acolhida por ela e estou voltando a caminhar pela cidade e a frequentar seus espaços: o Cine Belas Artes, os teatros.”

(foto: Leandro Couri/EM/D.A.PRESS)

. Marcelo Veronez, ator e cantor

Nasceu em Belo Horizonte, foi criado em Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha, e morou em Contagem até decidir viver em BH


“Aprendi a ver Belo Horizonte como uma cidade bonita. Não que a beleza esteja na cara, mas está nas pessoas, na conversa na esquina, no bairro onde moro (Sagrada Família), onde ainda não subiram tantos prédios. Isto me atrai. Outro dia recebi uma foto de um show que fiz em 2017 para o aniversário de BH na Praça da Estação. Me deu uma nostalgia muito grande e quero que a gente retome a cidade da rua, do Centro, dessa junção de gente muito legal.”





 

(foto: Alexandre Neves/Divulgação)

. Podé Nastácia, vocalista do Tianastácia

 

Nasceu e sempre viveu em Belo Horizonte


“Sou privilegiado por ter nascido em Minas Gerais, principalmente em Belo Horizonte, que tem arte rica e ímpar. O Tianastácia não se parece com o Skank, nem com o Jota Quest, com o Sepultura, com Clube da Esquina, com Tizumba ou Pato Fu. Agora, o melhor lugar de Belo Horizonte é a minha casa. Com a pandemia, aprendi a gostar mais do meu canto, a me conhecer mais também.” 

 

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