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Estado de Minas TEATRO

Lilia Cabral divide o palco com a filha, Giulia Bertolli, em ''A lista''

Atrizes contracenam na comédia dramática que está em cartaz neste fim de semana em BH. Peça aborda o isolamento social imposto pela pandemia


04/12/2021 04:00 - atualizado 04/12/2021 09:25

Mãe e filha, as atrizes Giulia Bertolli e Lilia Cabral contracenam na peça ''A lista''
Giulia Bertolli e Lilia Cabral vivem duas vizinhas na comédia dramática "A lista", em cartaz no Cine Theatro Brasil Vallourec (foto: Ricardo Brajterman/Divulgação)


Com duas apresentações marcadas no Cine Theatro Brasil Vallourec, neste sábado (4/12) e domingo (5/12), “A lista” é um espetáculo de encontros e reencontros. Em cena, Lilia Cabral atua pela primeira vez ao lado da filha, Giulia Bertolli. Elas interpretam duas vizinhas de apartamento que se apoiam e fazem companhia uma para a outra durante o período de isolamento provocado pela pandemia. A montagem também marca a primeira vez da veterana atriz no Cine Theatro Brasil Vallourec.

Se por um lado há esses fatos inéditos no bojo de “A lista”, por outro, a peça traz Lilia de volta ao teatro após cinco anos de ausência. O reencontro da atriz, que tem um vasto histórico de novelas na Rede Globo, com o palco, no entanto, se deu, primeiramente, sem plateia. 

O espetáculo estreou on-line em agosto de 2020 e permaneceu nesse formato até o final do ano, quando teve uma única apresentação presencial para um público restrito, dentro da programação de um festival em Angra dos Reis.

''Resolvemos abraçar esse trabalho como um gesto de amor ao público, mas também como uma maneira de nos mantermos ativos, criativos, fazendo o que mais amamos, que é a arte''

Lilia Cabral, atriz


CALOR

O reencontro – outro – com a plateia de carne e osso só voltou a acontecer na semana passada, no Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro, com casa cheia. Dessa forma, a montagem chega a Belo Horizonte ainda embalada pelo calor do compartilhamento entre as atrizes e seu público. 

Lilia interpreta Laurita, uma aposentada trancada no seu apartamento, evitando se contaminar com o vírus que assolou o mundo da noite para o dia. A jovem Amanda, vivida por Giulia, é quem fica encarregada de fazer as compras e abastecer a despensa da vizinha. O encontro delas gera um turbilhão de sentimentos, lembranças e descobertas.

Lilia conta que, quando surgiu a ideia e a possibilidade do espetáculo, no começo da pandemia, era um momento de incertezas para todo mundo, o que não a impediu de levar adiante o projeto. “Resolvemos abraçar esse trabalho como um gesto de amor ao público, mas também como uma maneira de nos mantermos ativos, criativos, fazendo o que mais amamos, que é a arte”, diz. 

Ela destaca que na transposição do on-line para o presencial nada mudou em termos de estrutura ou de dramaturgia, mas sim no que diz respeito à troca de calor e energia que o encontro proporciona. “O que mudou foi a presença do público – e, na verdade, isso muda absolutamente tudo. A respiração da plateia, as risadas, a emoção, os aplausos. Tudo isso implica a nossa apresentação, é uma troca, é a essência do teatro”, aponta.

A atriz considera que “A lista”, que tem texto de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva, é uma comédia dramática com grande potencial para cativar o público, porque tem uma dramaturgia fácil e popular, que se comunica com qualquer pessoa. “Já tínhamos noção da força e do alcance da peça pela resposta das pessoas ao final das apresentações on-line, e agora estamos tendo a alegria de conferir também nas apresentações presenciais. O público ri muito e se emociona. Isso é tudo o que um artista pode querer”, ressalta.

FILME

Esse potencial não poderia deixar de ser melhor aproveitado, e foi pensando nisso que “A lista” já ganhou uma adaptação para o cinema, com o curta-metragem homônimo, premiado no exterior no South Film & Arts Academy e no Avanca Film Festival. “A trajetória do filme é muito emocionante justamente porque foi um trabalho cheio de amor, gestado na adversidade de um tempo cruel. O sucesso internacional do filme comprova que quando falamos do que nos é íntimo atingimos todo mundo”, diz, acrescentando que ainda não há uma definição sobre sua possível exibição no Brasil, já que o circuito comercial de salas de cinema é limitado para o formato curta-metragem.

Lilia Cabral não descarta adaptar o enredo da peça também para uma série de televisão. “Acreditamos que a Laurita, a personagem que interpreto, tem muitas possibilidades de tramas e caminhos. Adoraríamos vê-la na televisão”, revela. 

Ela considera que o mais marcante em “A lista” é a capacidade de promover uma identificação imediata e chegar ao coração das pessoas, por ser “uma história que jamais vai envelhecer, que será, para sempre, a crônica de um tempo que todos nós testemunhamos, juntos, o que é muito poderoso e reconfortante”.

Sobre contracenar com a filha pela primeira vez, ela diz que tem sido um enorme prazer. “No começo do trabalho, era natural que eu a enxergasse como minha filha, mas agora, depois de tanto tempo juntas em cena, também enxergo a colega de cena, e não apenas a filha. Uma colega de cena estudiosa, talentosa, dedicada, com quem me divirto e troco muito. Para mim é uma alegria, como atriz e como mãe”, ressalta.

Ambas colaboraram com o texto de Gustavo Pinheiro, sugerindo coisas, mesmo durante o período de ensaios on-line, segundo Lilia. “Foi um processo muito rico”, diz.

“A LISTA”
Com Lilia Cabral e Giulia Bertolli. Neste sábado (4/12), às 21h, e domingo (5/12), às 19h. Cine Theatro Brasil Vallourec. Praça Sete, Centro, (31) 3201-5211. Ingressos presenciais a  R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Transmissão on-line ao vivo: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). À venda em cinetheatrobrasil.com.br ou na bilheteria do teatro. Um link de acesso on-line será enviado por e-mail, após aquisição do bilhete


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