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'Maya e os três guerreiros' faz afirmação da diferença via princesa rebelde

"Se assim deve ser, então é o nosso dever", esse é o lema da animação da Netflix que estreia nesta sexta-feira (22/10). Em nove episódios, “Maya e os 3 guerreiros” traz lições valiosas, como coragem, determinação e o poder da amizade não só para as crianças, mas para toda a família. 





Em um mundo fantástico cheio de magia e controlado por quatro reinos, Maya, uma rebelde princesa guerreira, está prestes a completar 15 anos e celebrar sua coroação. Tudo muda quando os deuses do submundo chegam e anunciam que a vida dela deve ser oferecida como sacrifício ao deus da guerra, um preço que deve ser pago pelo passado secreto da família. 

Se a guerreira não se entregar, o mundo enfrentará a vingança dos deuses. Então, ela embarca em uma jornada emocionante para cumprir uma antiga profecia, que diz que a chegada de três grandes guerreiros vai ajudar a derrotar os deuses e salvar a humanidade.

DIFERENÇA

“A ideia é justamente essa de que não importa quão louco esteja o mundo, cabe a você escolher fazer a diferença”, afirma Jorge R. Gutiérrez, o criador e produtor executivo da minissérie. 





Ele, que também criou as animações “El Tigre: As aventuras de Manny Rivera” e “Festa no céu”, explica que a ideia original era transformar a história em três filmes e que a grande inspiração para a personagem foi a companheira, Sandra Equihua.

“Eu a conheci quando ela tinha 17 anos. Sandra era uma garota rebelde, o pai dela é um médico e as três irmãs também, mas ela queria ser artista. Então eu me apaixonei por essa rebelde e foi isso que inspirou Maya”, revelou.



Sandra, consultora criativa da produção, falou sobre outra inspiração para a animação: a cultura mesoamericana. “Maya e os 3 guerreiros” é baseada em uma mistura das cosmologias asteca, maia, inca e a cultura caribenha moderna.





“Como uma latino-americana, quando nós estamos no nosso país de origem, nos vemos como diferentes. Mas quando estamos longe de casa e vemos outros latino-americanos, não importa se você é do Brasil ou do México, criamos uma conexão. Esperamos que essa irmandade seja comunicada para o mundo”, disse.

“Nós só vemos histórias de diversas partes do mundo, mas nunca sobre a nossa. Não ver heróis que se pareçam com você pode te afetar. Muitas vezes, quando havia heróis que se pareciam com a gente, eles eram criados sob o olhar de outro país sobre nós. Foi muito importante criar heróis que trouxessem representatividade para as crianças, baseados nas pessoas que conhecemos, e mostrá-los para o mundo”, disse Jorge.

“MAYA E OS 3 GUERREIROS”

• A série, em nove episódios, estreia nesta sexta (22/10), na Netflix 

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