Jornal Estado de Minas

DANÇA

Festival de Dança de Joinville premia 12 mineiros no ballet clássico

Os mineiros tiveram grande destaque no Festival de Dança de Joinville, maior festival de dança da América Latina. Arthur Wille de 20 anos, morador do Bairro Santa Mônica, localizado na Região Norte de Belo Horizonte, foi o vencedor do prêmio de Melhor Bailarino no evento.





 

Além dele, 11 bailarinos clássicos da capital mineira estão entre os ganhadores: Camila Ramalho, Renam Rocha, Vitor Moreira, Pedro Lopes, Sara Pimentel, Ana Beatriz Melo, Ludmila Venâncio, Renata Gomes, Virgínia Patrus, Maria Clara D’Alessandro, e Fernanda Iasmin. Todos são alunos do ATM Centro Cultural de Danças, que funciona no Centro Cultural Sesiminas.

Arthur Wille faz ballet clássico há cerca de 6 anos e ficou muito emocionado por poder participar do Festival. Ele conta que sua premiação foi um sonho. “Uma das sensações mais incríveis, coração fica feliz, é surreal poder receber essa premiação. É o reconhecimento por todo meu esforço e dedicação junto dos meus professores e diretoras”, declarou Arthur.

 

O premiado conta que começou a dançar em uma escola de circo no Bairro Rio Branco, Região de Venda Nova, e que sempre recebeu o apoio da família para investir no sonho de ser um bailarino clássico. “Sempre tive uma admiração muito forte pelo ballet, com o tempo fui pegando gosto e hoje é paixão. O ballet pra mim é um equilíbrio entre razão e emoção: razão pra conseguir fazer os movimentos mais técnicos e emoção para dar um pouco mais de vida e emoção nos movimentos, deixando mais divertida tanto para quem assiste e também para quem está dançando”, disse.




Atualmente, Arthur está juntando dinheiro e busca patrocínio para estudar no exterior. “Tenho planos de seguir profissionalmente na área e conseguir um contrato em alguma companhia de ballet clássico”, comentou.

Esforço na pandemia

Mirian Tomich, Sócia do ATM Centro Cultural de Danças, localizada no Bairro Sana Efigênia, em Belo Horizonte, acompanhou os bailarinos presencialmente em Joinville, e é professora de Arthur há quatro anos. "Ele é extremamente dedicado, muito competente em tudo que ele faz e talentoso. É um exemplo dentro da escola e os mais novos se espelham nele", informou Mirian.

 

Arthur estuda na escola há quatro anos com bolsa e ensaia de segunda a sábado por cerca de 5 horas diárias, incluindo aulas, ensaios de grupos, solos e variações de repertório. “Minha rotina em casa era de aulas on-line com o ATM. Todos os dias tínhamos aulas de Ballet clássico e fortalecimento, costumava fazer alguns alongamentos e assistia muitos vídeos”.





 

A professora do bailarino ficou muito feliz com a dedicação do aluno e comentou sobre seu desempenho durante a pandemia. "A evolução dele é surpreendente, o que mais me chamou a atenção nesse período todo de pandemia é que ele não faltava às aulas on-line, era muito disciplinado e dedicado. Quando a gente retornou para as aulas presencias eu me assustei com a qualidade técnica que ele apresentou, ele evoluiu. Se a pessoa quer muito, consegue alcançar. Eu só tenho elogios a esse menino”, falou.

 

"Estamos muito felizes e realizados com as conquistas, pois este é o maior festival de dança da América Latina e é muito gratificante ver que todo o nosso esforço está sendo reconhecido. O amor pela dança é nosso maior incentivo. O que mais nos emocionou neste festival é que esses meninos ficaram quase um ano fazendo aula em casa e voltaram com uma qualidade impressionante”, ponderou Mirian Tomich.

Festival de dança de Joinville

A edição de 2021 do Festival aconteceu entre os dias 5 a 16 de outubro, em Santa Catarina. O evento reúne participantes de 18 estados brasileiros e do Paraguai e Uruguai. 


Essa foi a 38ª edição do evento, que aconteceu de forma híbrida, com atividades presenciais e virtuais. Os protocolos e medidas adotados durante o evento foram definidos pela Secretaria Municipal de Saúde, com participação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e o Instituto Federal de Dança de Joinville (IFDJ).

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira