Jornal Estado de Minas

CINEMA

Festival Cine Inclusão destaca o talento de artistas com mais de 60 anos

Única mostra de curtas-metragens no país que exibe exclusivamente filmes realizados ou protagonizados por pessoas acima dos 60 anos, o Festival Cine Inclusão dá início, nesta segunda-feira (18/10), a sua terceira edição.





Até domingo (24/10) estarão em cartaz duas mostras: a Competitiva, com 16 títulos, destacando produções sobre a terceira idade ou com idosos como personagens principais, e a Melhor idade, com oito obras dirigidas por idosos.

Na abertura, hoje, às 18h, o evento homenageia Ruth de Souza (1921-2019), primeira mulher negra a protagonizar uma novela na Globo (“A cabana do Pai Tomás”, em 1969). A atriz completaria 100 anos em 2021.


LIVE 

Será exibido o curta “A mãe e o filho da mãe” (2003), de Luiz Antônio Pilar, drama que acompanha uma idosa debilitada (Ruth de Souza) e seu filho adulto, solitário e alcoólatra (papel de Wilson Rabelo). O diretor participará de uma live com Ygor Kasab, biógrafo da atriz.





Entre os filmes selecionados está “A volta para casa” (2019), de Diego Freitas. No curta, que deu a ele o prêmio de melhor diretor no Cine Ceará, Lima Duarte interpreta o marceneiro aposentado Plínio. No domingo de Páscoa, ele espera, em vão, pela visita da família.



Anselmo (Guilherme Rodio), jardineiro da casa de repouso onde Plínio vive, oferece para levá-lo à sua antiga residência. No caminho, o aposentado revisita suas memórias do bairro de Santana, em São Paulo.

Marcélia Cartaxo protagoniza “Ela que mora no andar de cima” (2020), de Amarildo Martins. A atriz interpreta Luzia, “cobaia” dos doces que sua vizinha Carmem (Raquel Rizzo) produz. A amizade evolui para uma paixão platônica que dá novo sabor aos dias amargos de Luzia.





Osmar Prado e Samir Murad são os personagens centrais de “Um café e quatro segundos” (2018), de Cristiano Requião. Depois de mais de 30 anos sem se ver, Mendes (Prado) e Aristides (Murad) se reencontram. Porém, o tom da conversa não é de amizade: ambos foram torturadores durante a ditadura militar e querem acertar contas com o passado.

A solidão é o tema central de “Nuvem negra” (2018), de Flávio Andrade. Adaptação do conto “O instante da nuvem negra”, de Bruno Liberal, o curta tem no centro de sua narrativa o roteirista e crítico de cinema Jean-Claude Bernardet. Durante um jantar, seu personagem, sem falar uma única palavra, lida com a solidão e o isolamento.

REDES SOCIAIS 

Paralelamente às sessões, a mostra oferece a oficina on-line “Desmistificando as redes sociais para a terceira idade”. Na quinta (21/10) e sexta-feira (22/10), das 15h às 17h, a comunicadora Danielle Foltran vai orientar os participantes sobre como otimizar o uso do celular e das redes sociais para buscar informações, fazer publicações e interagir com as pessoas.

No domingo (24/10), às 18h, serão anunciados os três primeiros colocados da mostra competitiva, escolhidos pelo voto popular.

3º FESTIVAL CINE INCLUSÃO

Até domingo (24/10), com transmissão em www.cineinclusao.com.br. 
Gratuito. A programação completa está disponível no site.




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