Jornal Estado de Minas

LITERATURA

Humberto Werneck é eleito para a Academia Mineira de Letras

O jornalista e escritor Humberto Werneck foi eleito para a Academia Mineira de Letras com 33 votos na tarde desta segunda-feira (11/10). Ele ocupará a cadeira de número 5, cujo fundador foi Amanajós de Araújo e o patrono é José Maria Teixeira de Azevedo Junior, ocupada anteriormente por Zoroastro Passos, Christiano Martins, Francisco Magalhães Gomes, Miguel Augusto Gonçalves de Souza e a acadêmica Carmen Schneider Guimarães, que faleceu em julho deste ano. 


Nascido em Belo Horizonte em 1945 e radicado em São Paulo desde 1970, Humberto Werneck começou no jornalismo no Suplemento Literário de Minas Gerais a convite de Murilo Rubião. Já trabalhou no Jornal da Tarde, Veja, Jornal da República, IstoÉ, Jornal do Brasil e Elle. Atualmente, é editor sênior da revista Quatro Cinco Um e editor do Portal da Crônica Brasileira, do Instituto Moreira Salles. 





Como escritor, publicou os livros "O santo sujo - A vida de Jayme Ovalle" (2008); "O pai-dos-burros - Dicionário de lugares-comuns e frases feitas"; "Esse inferno vai acabar" (2011); e "Sonhos rebobinados" (2014), entre outras obras. 

Em 1992, escreveu "O desatino da rapaziada", publicação que retrata a relação dos jornalistas e escritores mineiros com os jornais locais. E em 2006, publicou "Tantas palavras", reportagem biográfica sobre a obra de Chico Buarque. 

Como editor, organizou o primeiro livro de poesias de Hélio Pellegrino, "Minérios domados" (1993); "A revista no Brasil" (2000); a antologia "Boa companhia - Crônicas" (2005); e a obra do contista Murilo Rubião nos volumes "O pirotécnico Zacarias" (2006), "A casa do girassol vermelho" (2006) e "O homem do boné cinzento" (2007). 





Para o presidente da Academia Mineira de Letras, o jornalista Rogério Faria Tavares, a eleição de Humberto Werneck faz justiça a um dos mais importantes escritores brasileiros contemporâneos. 

"Além de excelente jornalista e cronista talentoso, com presença frequente nos maiores jornais do país, Humberto Werneck escreveu livros fundamentais, entre os quais 'O desatino da rapaziada', que já é um clássico. Suas biografias de Chico Buarque e de Jaime Ovalle também são incontornáveis. A biografia de Carlos Drummond de Andrade, livro que está finalizando, será definitiva. Sua chegada à Academia é motivo de festa", afirma Tavares, em nota.

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