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Estado de Minas AUDIOVISUAL

João Fonseca faz sua estreia no cinema

Primeiro filme do diretor João Fonseca estreia na quinta (15)Aos 56 anos, o paulistano faz sua estreia na telona com o longa 'Não vamos pagar nada'. Longa estará no Telecine Premium e em plataformas digitais


11/10/2020 04:00 - atualizado 11/10/2020 08:18

Samantha Schmutz e Edmilson Filho em cena do longa-metragem Não vamos pagar nada (foto: Helena Barreto/Divulgação)
Samantha Schmutz e Edmilson Filho em cena do longa-metragem Não vamos pagar nada (foto: Helena Barreto/Divulgação)
João Fonseca é homem do teatro. Sob sua assinatura estão sucessos como os musicais contando a história de Tim Maia e Cazuza, e clássicos como Gota d’água, de Chico Buarque, e A falecida, de Nelson Rodrigues. Foi João também que dirigiu Minha mãe é uma peça, fenômeno do palco e do cinema, estrelado por Paulo Gustavo. Na televisão, Vai que cola é outro trabalho que rendeu ainda mais prestígio ao diretor.

Só agora, aos 56 anos, ele faz seu primeiro trabalho no cinema. A partir de quinta-feira, 15, o longa de estreia do diretor paulistano natural de Santos Não vamos pagar nada chega ao canal Telecine Premium e em plataformas digitais. O filme foi apresentado em cinemas que já foram autorizados a funcionar devido à pandemia. Em Belo Horizonte, nenhum por enquanto.

Mas apesar da agenda cheia, no teatro e na televisão, os compromissos não foram entraves para que ele chegasse à telona. Bem-humorado, João Fonseca diz que até então ninguém o havia convidado para um trabalho no cinema. Entusiasmado, ele garante que a espera valeu a pena.

Não vamos pagar nada foi escrito nos anos 1970 pelo italiano Dario Fo. A ideia de levar a adaptação para as telas veio da Fabrica, a mesma produtora de Vai que cola, que convidou Renato Fagundes, autor da adaptação para o cinema, e Luiz Noronha. “Eles queriam fazer um outro tipo de comédia, de política anárquica meio absurda como a de Dario Fo”, explica Fonseca que, por ter um DNA de teatro, assegura ter “ganho esse presente”.

A história gira em torno do bafafá provocado por Antônia (Samantha Schmutz) em um supermercado. Com dinheiro contado, não consegue levar o que precisa. Ela cria uma confusão com o remarcador de preços (Criolo, em participação especial) e o caldo entorna resultando em uma manifestação cujo grito de guerra é o título do filme.

Para Leandro Soares, um dos atores do elenco, embora o filme seja baseado em uma peça italiana, o contexto dela é muito pertinente ao Brasil. “São personagens que agem de forma honesta e estão sempre enfrentando uma realidade que joga contra eles”, diz. “No filme, é como se tivessem a oportunidade de dar o troco a essa sociedade opressora. No dono do mercado, que não para de aumentar os preços. São personagens reais”, afirma.

“Meu primeiro filme é um misto de grandes talentos com grandes amigos”, diz João Fonseca em referência ao elenco que reúne Samanta Schmutz, Marcos Caruso, Flávia Rios, companheiros de Vai que cola, Leandro Soares, que se orgulha de ter escrito roteiros para todos à exceção de Flávio Bauraqui, que faz sua primeira comédia no cinema, e Edmilson Filho.

ELOGIOS 
Os colegas de cena não poupam elogios à direção. Marcos Caruso é o primeiro a elogiar o bom trabalho feito por João, que se não dissesse para ele não acreditaria que era seu primeiro filme. Caruso afirma que a paciência é uma característica forte do diretor. “Mesmo no Vai que cola, que fiz há quatro anos, e era um caos”, recorda. “Tínhamos um espaço de tempo muito curto para lançar cada episódio. Era como se fôssemos estrear uma peça a cada dois dias. Um dia ensaio, o outro a estreia. E o João tinha uma tranquilidade e uma delicadeza para lidar com tudo.”

Samantha acrescenta: “João é um diretor que ri. Tem um silêncio no set, estamos filmando e o diretor gargalhando. É sensacional um diretor de comédia que se diverte filmando”.

Durante a coletiva virtual, no início da semana, João recebeu com alegria os elogios do elenco, mas garante que não havia tranquilidade no set. “Para mim, estava passando mal sempre. É muito tenso, mas tive uma produção que meu deu tranquilidade. Fiquei seguro com pessoas competentes ao meu lado.”

Edmilson Filho lembra que, durante as gravações, houve um momento em que o homem de teatro falou mais alto. “Era uma cena de 23 páginas. Não sabia como iríamos conseguir fazê-la. Aí, entrou a mão do João e a cena virou uma grande peça de teatro com toda a maestria dele.”





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