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Estado de Minas

Londres ensaia volta de concertos sem público

Casa de espetáculos na capital britânica anuncia agenda com 20 apresentações para um total de quatro pessoas na plateia, com transmissão ao vivo pela BBC e na Internet


postado em 13/05/2020 04:00

Voluntária trabalha em galpão de empacotamento de cestas de alimentos para população carente de recursos, em Londres(foto: France Presse)
Voluntária trabalha em galpão de empacotamento de cestas de alimentos para população carente de recursos, em Londres (foto: France Presse)
Uma prestigiosa sala de concertos britânica anunciou um programa de apresentações de música clássica ao vivo, mas sem público, devido à prorrogação do confinamento no país.

O pianista Stephen Hough, os cantantes líricos Iestyn Davies e Mark Padmore, a pianista Mitsuko Uchida são alguns dos artistas envolvidos na agenda, que lista um total de 20 concertos. Cada um terá duração de aproximadamente uma hora com transmissão ao vivo pela BBC e na página na internet do Wigmore Hall, que reabrirá parcialmente a partir de 1º de junho pela primeira vez desde o anúncio do confinamento, no fim de março.

A instituição insiste nas medidas de distanciamento social, que seguirão em vigor: os músicos farão apresentações solo ou em dueto e diante de um público de no máximo quatro pessoas, inclusive um engenheiro de som.

As novas diretrizes feitas pelo governo anteontem preveem que "os eventos culturais e esportivos a portas fechadas possam ser transmitidos" a partir de junho, desde que não impliquem "contato social em larga escala".

"A saúde e a segurança do nosso pessoal e dos músicos sempre serão a principal preocupação do Wigmore Hall", declarou o diretor, John Gilhooly.

Devido à pandemia do novo coronavírus, os teatros, museus e salas de concertos britânicos foram obrigados a fechar no fim de março. Desde então, a maioria dos festivais culturais foi cancelada.

Havia a expectativa de que o Reino Unido, a exemplo de outros países europeus, começasse a flexibilizar suas medidas de isolamento social a partir desta primeira quinzena de maio. No entanto, em pronunciamento à nação, o premiê Boris Johnson anunciou um plano em etapas segundo o qual o confinamento, na prática, está mantido.

Johnson de início resistiu a impor medidas restristivas, que classificou como “draconianas” para conter a disseminação do vírus. No entanto, diante da previsão feita por cientistas britânicos de que a ausência do isolamento social provocaria ao menos 200 mil mortes no país, o chefe do governo reviu sua posição.

Boris Johnson contraiu COVID-19 e teve uma manifestação severa da doença, chegando a ser internado em Unidade de Terapia Intensiva na rede hospitalar britânica, que ele agradece por ter “literalmente” salvado sua vida. 

O Reino Unido pode se tornar um "deserto cultural" se o setor não receber ajuda financeira urgente, avaliou em abril o órgão representativo da Federação de Indústrias Criativas, tanto para os artistas independentes - que não se beneficiam de ajudas governamentais vinculadas à doença - como para as salas, ameaçadas pela falta de renda. 
 


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