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Estado de Minas

Em outubro, Pedro Paulo Rangel tem encontro marcado com BH

Carioca lamenta o cancelamento da sessão de 'O ator e o lobo', no Sesc Palladium, mas promete voltar daqui a sete meses para comemorar seus 50 anos de carreira


postado em 21/03/2020 04:00

Pedro Paulo Rangel lamenta o cancelamento da sessão de hoje, em BH, da peça O ator e o lobo(foto: Gisela Schlogel/Divulgação)
Pedro Paulo Rangel lamenta o cancelamento da sessão de hoje, em BH, da peça O ator e o lobo (foto: Gisela Schlogel/Divulgação)

Fernanda Gomes*

“Vou te apresentar a vários aspectos da minha vida e da vida de Lobo Antunes. Você vai se identificar, mas também vai ficar na dúvida sobre quem é quem”, promete Pedro Paulo Rangel ao público belo-horizontino, ao falar de sua nova peça, O ator e o lobo.

A promessa, porém, vai levar sete meses para ser cumprida, pois a sessão marcada para este sábado (21), no Sesc Palladium, teve de ser cancelada por causa da ameaça do coronavírus. “Infelizmente, por conta de toda essa coisa horrorosa que está acontecendo no mundo, achamos melhor transferir a apresentação para 31 de outubro”, informa.

Inspirada nas crônicas de António Lobo Antunes, consagrado autor português, a peça aborda memória, família e solidão, mesclando momentos trágicos e cômicos. Rangel foi apresentado à obra de Antunes pelo diretor e ator Aderbal Freire Filho, quando os dois estavam em Portugal.

“À medida que fui conhecendo o escritor, percebi que tínhamos muito em comum. Como eu, ele escreve e rasga seus textos sem mostrar a ninguém”, revela o ator. A escrita, bem como sua destruição, sempre fez parte da vida dele. “Embora possa parecer timidez, talvez seja orgulho. Acho que aquilo é muito bom para ficar mostrando”, brinca Rangel, referindo-se a seus textos.

Dizendo-se “cronista frustrado”, o ator gosta de escrever sobre o cotidiano, assim como Lobo Antunes. Na peça, os escritos da dupla se misturam. Cabe à plateia desvendar o que pertence a quem. “Foi bom ter rasgado meus textos antigos. Antigamente, não tinha corretor automático, então agora, pelo menos, escrevo tudo certo. E me sinto mais confiante por causa da resposta positiva do público”, garante.


CALIXTO

 A peça marca os 50 anos de carreira e 70 de vida do artista, nascido em 29 de junho. Pedro Paulo Rangel diz que é difícil escolher seu personagem preferido, mas cita Calixto, o criado do protagonista Petruchio de O cravo e a rosa, novela exibida pela Globo em 2000/2001. “Ele marcou bastante. Popular e divertido, teve um apelo muito grande, o que me deixa muito feliz.”

O ator e o lobo é só um dos projetos de Rangel. Enquanto espera “que o caos seja resolvido” para fazer sua turnê pelo país, ele trabalha na comédia Os reis do riso, inspirada em textos do americano Neil Simon (1927-2018), cuja estreia está prevista para o final de 2021.

A peça mostra o reencontro de dois comediantes que tiveram uma “briga de morte” e há 30 anos não se falam. Os ex-amigos aceitam participar de um programa de TV, no qual exibem suas habilidades. O elenco ainda não foi definido.

SAUL Enquanto aguarda a crise provocada pelo COVID-19 passar, o ator, apaixonado por séries, indica uma delas para estes dias de quarentena. “Estou vendo a derivada de Breaking Bad, que se chama Better call Saul. Breaking Bad é uma das melhores séries já feitas, e a do Saul se passa antes da história original. É muito boa, pode confiar”, garante. Ambas são exibidas pela Netflix.
Outras dicas de Pedro Paulo são a novela O cravo e a rosa e o programa de humor TV Pirata, disponíveis no Globoplay.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


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