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Estado de Minas

Da temática indígena à popular


postado em 23/11/2019 04:00

Swinguerra aborda o fenômeno das coreografias coletivas que nasceram na periferia recifense(foto: Forumdoc/Divulgação)
Swinguerra aborda o fenômeno das coreografias coletivas que nasceram na periferia recifense (foto: Forumdoc/Divulgação)


Outras diversidades e abordagens humanizadas aparecem na programação do Forumdoc deste ano, mantendo a proposta de representação etnográfica que guia o evento desde sua criação. Além da Mostra Contemporânea Brasileira, que inclui produções nacionais finalizadas nos últimos dois anos, os documentários são divididos entre as mostras Mortos e a câmera, pautada pelas relações humanas com os processos relacionados à morte, e as Sessões Especiais. Ontem, na abertura, houve a estreia mundial do longa Yãmyhex?, as mulheres-espírito, dirigido por Suely e Isael Maxakali. O cinema com o olhar indígena ainda estará representado por Virou Brasil, realização coletiva do projeto Vídeo nas Aldeias junto ao povo awá-guaja, que será exibida também neste domingo.

“Na programação, há uma proximidade com eventos e tópicos do debate público que atravessam os filmes. A ideia de realizar o festival é tentar mostrar uma espécie de resposta da força dessa produção feita por realizadoras e realizadores de grupos marginalizados, geralmente apagadas da representação cinematográfica, como a população negra, LGBT e indígena”, explica Carla Italiano, uma das curadoras do festival. Na Mostra Contemporânea Brasileira, a curadora destaca o curta Swinguerra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca. Selecionado para representar o Brasil na 58ª Bienal de Veneza neste ano, o filme aborda a swingueira – fenômeno cultural surgido na periferia de Recife que mistura música e coreografias coletivas.

A produção local também conta com bom espaço na programação. Carla Italiano chama atenção para Enquanto estamos aqui, de Clarissa Campolina e Luiz Pretti, lançado no festival de Roterdã deste ano e que será exibido pela primeira vez em BH no próximo sábado, em sessão comentada pelos realizadores. Além dos filmes, a presença das equipes de direção é outro diferencial do Forumdoc em sua missão de discutir temas sociais em ebulição. Na sexta-feira, A febre também terá sua estreia no Brasil, depois de passar por festivais estrangeiros, com a presença da diretora Maya Da-Rin e da atriz Rosa Peixoto. Outro importante momento de encontro e conversas será na terça-feira (26), em sessão especial em que o cineasta e pesquisador Jean-Claude Bernardet terá como convidado o diretor Lincoln Péricles, conhecido por trabalhos cinematográficos na periferia de São Paulo. Eles comentarão os curtas Ruim é ter que trabalhar (2015), Aluguel: o filme (2016) e Filme dos outros (2018), todos dirigidos por Péricles. As sessões do Forumdoc são gratuitas, sujeitas à lotação do cinema.


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