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Estado de Minas

Mostra em SP quer atrair peças 'tipo exportação' para edição de 2020

MITbr - Plataforma Brasil está com inscrições abertas. Atriz e dramaturga mineira Grace Passô será uma das responsáveis pela seleçãopromover sua circulação por outros países


postado em 04/08/2019 04:09

(foto: Nereu Jr./Divulgação)
(foto: Nereu Jr./Divulgação)
”A condição do Brasil é precária, pois está havendo uma regressão total. Como todo mundo (do Teatro da Vertigem) tem outros trabalhos, estamos conseguindo bancar a manutenção da sede (com recursos próprios)”

Antonio Araújo, diretor artístico da MITsp
 

Mesmo com os avanços que tivemos na construção das políticas públicas, estamos vendo agora uma paralisação e um retrocesso. Precisamos de indicadores para mostrar a potência da cultura. Neste momento, temos que criar uma frente parlamentar consistente, que possa defender o setor”

Guilherme Marques, diretor de produção da MITsp
 
 Três profissionais das artes cênicas com atuação em diferentes regiões do Brasil serão os responsáveis pela curadoria da MITbr – Plataforma Brasil, programa de internacionalização das artes cênicas que nasceu como um desdobramento da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. A sétima edição do evento, prevista para o período de 5 a 15 de março de 2020, está em preparação. Até o próximo dia 27, companhias e artistas poderão submeter trabalhos cênicos ao processo de seleção.

Pela primeira vez desde a criação da MITbr, a curadoria será feita exclusivamente por artistas de fora do eixo Rio/São Paulo. A atriz, dramaturga e diretora mineira Grace Passô, o coreógrafo e diretor artístico Alejandro Ahmed, da Cena 11 Cia. De Dança, de Florianópolis, e o artista e professor Francis Wilker, com forte atuação em Brasília e atualmente vivendo em Fortaleza, farão a seleção. O resultado será anunciado em 14 de novembro.

“Temos um desejo antigo pela internacionalização do teatro brasileiro. Enquanto representante do FIT (Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte), viajei pela América Latina e Europa e sempre fiquei indignado, pois a presença de espetáculos brasileiros é muito tímida nos festivais internacionais. E temos uma produção volumosa, tanto qualitativa quanto quantitativamente. Então quisemos ser como um agente facilitador dessa produção de teatro junto ao mercado internacional”, afirma o produtor cultural Guilherme Marques, que, em 2014, se uniu ao dramaturgo e diretor Antônio Araújo, do Teatro da Vertigem, para criar a MIT.

A mostra paulistana ganhou, em 2018, a Plataforma Brasil. Além da mostra de espetáculos, a MITbr leva a São Paulo programadores de festivais nacionais e internacionais para que eles assistam às montagens. A plataforma ainda conta com dois outros eixos: um curso de capacitação voltado para a internacionalização do mercado e um seminário sobre políticas públicas.

EXPERIÊNCIA Ainda que a MIT seja paulistana, seu DNA é mineiro. Foi em 2008, durante uma edição do Encontro Mundial de Artes Cênicas (Ecum), em BH, que Guilherme Marques, então realizador do evento, e Antonio Araújo, curador convidado, falaram sobre a possibilidade de criar um festival na capital paulista. Com Marques ainda vivendo em Belo Horizonte à época, as conversas não foram muito adiante. Em 2011, o produtor acabou se mudando para São Paulo. Levou com ele sua experiência com o Ecum (que foi realizado entre 1998 e 2013). Há cinco anos, Marques e Araújo, diretor de produção e diretor artístico, respectivamente, realizaram a primeira edição da MIT.

“Os festivais realizados no Brasil tiveram um papel enorme para a visibilidade da produção. E, mesmo com os avanços que tivemos na construção das políticas públicas, estamos vendo agora uma paralisação e um retrocesso. Argentina, Chile e Colômbia têm um programa (de internacionalização das artes cênicas) continuado e estruturado. Em qualquer festival internacional, há sempre espetáculos desses três países. Só na edição deste ano (realizada entre 14 e 24 de março), a MIT criou 200 empregos diretos. Precisamos de indicadores para mostrar a potência da cultura. Neste momento, temos que criar uma frente parlamentar consistente, que possa defender o setor”, afirma Marques.




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