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Estado de Minas

Dicas de português


postado em 16/06/2019 04:12

Recado
“Só há uma coisa no mundo pior do que saber que estão falando de nós: é saber que ninguém  fala de nós.”

Histórias que contam histórias

As histórias estão em alta. Jornalistas, advogados, professores, empresários recorrem a narrativas para sobressair, argumentar e vender o peixe com desenvoltura. Daí por que fazem e oferecem cursos de storytelling, nome emprestado do inglês que significa contação de histórias. Ali aprendem as manhas e artimanhas da técnica tão antiga quanto o suceder dos dias e das noites, a mudança das fases da Lua ou a troca das estações do ano. A coluna entrou na onda. Selecionou narrativas que ensinam lições úteis pra quem fala, escreve ou simplesmente se diverte com o que ouve ou lê.

Era uma vez
O presidente do banco estava preocupado. Seu assessor era o profissional que pediu a Deus. Chegava cedo, saía tarde, comia ali mesmo, na sala de trabalho. De repente, não mais que de repente, começou a ausentar-se na hora do almoço. Desconfiado, o chefão contratou um detetive para descobrir o porquê da mudança. O investigador voltou no dia seguinte com a resposta:

– Seu assessor sai ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, namora a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

O presidente comentou que não havia nada de mal no comportamento do subordinado. Incomodado, o Sherlock Holmes pediu licença para tratá-lo por tu. E repetiu a história:

– O assessor sai ao meio-dia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, namora a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

Xô, falar bonito

Um assessor de Tancredo Neves queria fazer bonito. Num discurso, escreveu: “Esforçar-nos-emos para viabilizar uma sociedade mais inclusiva”. O então senador leu-a em voz alta. Achou-a pretensiosa e oca. Substituiu-a por “Vamos construir um país em que ninguém fique de fora”.

Cada palavra conta
William Strunk Jr., professor de altos estudos da língua inglesa, costumava dizer: “A prosa vigorosa é concisa. A frase não deve ter palavras desnecessárias nem o parágrafo frases desnecessárias, pela mesma razão que o desenho não deve ter linhas desnecessárias nem a máquina partes desnecessárias. Isso não quer dizer que o autor faça breves todas as suas frases, nem que evite todos os detalhes, nem que trate seus temas só na superfície: apenas que cada palavra conta”.

Como assim?

Pedro Rogério é escritor talentoso e leitor voraz. Outro dia, circulava pelo universo da literatura portuguesa quando descobriu expressão pra lá de curiosa. É ele quem escreve: “Acabo de ler em O bobo, de Alexandre Herculano, cenário do medieval ibérico, a expressão pós-moderna  “como assim?”, com a mesma intenção de espanto na conversação dos jovens de hoje diante de algo incomum ou esdrúxulo.  Nada de novo sob o sol”.

Penetras
Marcelo Abreu trava guerra impiedosa contra a invasão dos anglicismos na língua portuguesa. Outro dia, exprimiu a indignação com esta lista de penetras desnecessárias:
Começar em vez de estartar.
Ajuda em vez de help.
Passatempo em vez de hobby.
Compras em vez de shopping.
Aparência em vez de look.
Registro de entrada em vez de check-in.
Registro de saída em vez de check-out.
Cópia de segurança em vez de backup.
Senha em vez de password.
Prazo máximo em vez de deadline.
Etc. e tal.

Leitor pergunta
Bebê a bordo ou bebê à bordo?

Martha Souza, Recife

Crase antes de nome masculino? Nem a pedido de Deus. Xô, tentação!


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