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Doença pouco conhecida

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Doença que pouca gente conhece – e por causa disso o nome provoca muita incerteza e medo–, a esclerose múltipla tem seu dia mundial comemorado hoje. A data é importante para promover a conscientização sobre a enfermidade, bem como as condições dos pacientes. A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa autoimune, caracterizada pela destruição da mielina – camada protetora que recobre os neurônios – pelo sistema imunológico. A EM pode ser também debilitante, isso porque entre os seus sintomas está a espasticidade – uma condição que compromete a mobilidade do paciente e sua qualidade de vida.

No Brasil, estima-se que entre 5 a 20 pessoas em cada 100 mil habitantes convivam com a esclerose múltipla, doença que acomete principalmente jovens em fase economicamente ativa, dos 20 a 50 anos, com predominância no sexo feminino, sendo uma proporção de três mulheres para cada homem. Em fase inicial, seus sinais podem ser pequenas turvações na visão e mínimas alterações no controle da urina, sendo quase imperceptíveis, principalmente por ocorrerem e desaparecerem em pouco tempo. Porém, com o avanço da doença e dependendo dos locais afetados, a qualidade de vida dos pacientes é comprometida, apresentando vários sintomas.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune – ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares. Embora a causa da doença ainda seja desconhecida, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que possibilita uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Eles são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos.

Vale saber que a esclerose múltipla não é uma doença mental, não é contagiosa e não é suscetível de prevenção.

Seus sintomas mais comuns são fadiga, alterações fonoaudiológica, transtornos visuais, problemas de equilíbrio, vertigem e náusea, falta de coordenação, debilidade que pode afetar o andar, transtornos cognitivos e na sexualidade.

É sabido que a EM não tem cura, entretanto, à semelhança de muitas outras doenças, como hipertensão, diabetes, lúpus e artrite reumatoide, por exemplo, existem tratamentos muito eficazes. Para o paciente recém-diagnosticado hoje com a enfermidade, existem vários medicamentos e tratamento disponíveis e reconhecidos por estudos científicos, agências governamentais e sociedades internacionais que são capaz de atrasar a evolução da doença e, em muitos casos, interromper sua progressão por completo.

Ainda que o paciente tenha que usar o medicamento de forma continua, o efeito de interromper a progressão da doença pode ser considerado próximo ao de uma cura, mas com manutenção de medicamento de forma ininterrupta. Vale comentar que, com medicamentos mais potentes e eficazes, vêm mais efeitos adversos, e hoje temos pacientes com nenhuma ou quase nenhuma sequela neurológica, mas que precisam manter o acompanhamento com seu médico para monitorização de efeitos colaterais, tanto no curto quanto longo prazo..