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Injustiça na pele


postado em 28/05/2019 04:10

Os adolescentes americanos Antron McCray, Kevin Richardson, Yusef Salaam, Raymond Santana Jr. e Korey Wise, moradores do bairro nova-iorquino do Harlem, no fim da década de 1980, tiveram suas vidas arrasadas pelo falho e segregacionista sistema judiciário do país. Seus sonhos lhes foram arrancados. Os desejos de se tornar um jogador de beisebol – aspiração de Antron – ou um trompetista – anseio do garoto Kevin – foram extirpados. Na cadeia ou na detenção para menores de 16 anos, só pensavam em uma única coisa: sobreviver.

O caso dos “Cinco do Central Park”, como ficou conhecido, trata da história desses jovens entre 14 e 16 anos, negros e de ascendência latina, que foram injustamente acusados de terem espancado e estuprado uma promissora funcionária branca de um banco de investimentos, que corria pelo famoso ponto turístico de Nova York, numa noite de abril de 1989.
E é essa perturbadora história que a minissérie de quatro capítulos, Olhos Que Condenam, produzida por, entre outros, Oprah Winfrey e Robert De Niro e dirigida por Ava DuVernay – dos filmes Selma – Uma Luta pela Igualdade (2014) e Uma Dobra no Tempo’ (2018) – vai esmiuçar a partir de sexta-feira (31), na Netflix.

O talento dessa proeminente diretora e documentarista de empacotar casos reais e apresentá-los à audiência através de uma trama com tintas da ficção e dos cinco atores protagonistas – Caleel Harris (Antron), Asante Blackk (Kevin), Ethan Herisse (Yusef), Marquis Rodríguez (Raymond Jr.) e Jharrel Jerome (Korey) – faz de Olhos Que Condenam um fiel retrato da injustiça e também da fé em si mesmo. A trajetória de Korey Wise, por exemplo, é impressionante e inspiradora.

Ava DuVernay, que também roteirizou os quatro episódios, falou sobre a minissérie e a experiência de contar a história desses garotos, hoje homens. “O fato de o sistema de justiça americano ter sido projetado para subjugar pessoas negras e pardas definitivamente está no cerne da narrativa da minissérie”, sintetizou.

Para ela, a posterior absolvição ou mesmo a indenização milionária não foram o bastante para uma reparação justa. “Nenhuma quantia em dinheiro pode reparar a adolescência perdida e os anos da vida adulta que lhes foram roubados”, avalia Ava DuVernay. E complementa: “Escolho me dedicar a projetos que tenham relevância para a minha vida, e as questões raciais, que tratam de preconceito e de injustiça são importantes para mim como cidadã”.

Olhos Que Condenam
Netflix
Estreia na sexta-feira (31 de maio)


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