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Na caixa dos 40

Premê volta à cena para celebrar quatro décadas de estrada. Coletânea reúne sete CDs, do álbum de estreia, de 1981, ao recém-lançado Como vencer na vida fazendo música estranha


postado em 28/05/2019 04:10

As apresentações do grupo começam por São Paulo, no fim de semana: irreverência e bom humor no palco(foto: Alexandre Nunis/Divulgação)
As apresentações do grupo começam por São Paulo, no fim de semana: irreverência e bom humor no palco (foto: Alexandre Nunis/Divulgação)

Um dos protagonistas do movimento da Vanguarda Paulista e do Teatro Lira Paulistana, o grupo Premê, antes conhecido como Premeditando o breque, volta à cena para comemorar os seus 40 anos de estrada e lançar um box com toda a sua obra. Caixinha do Premê traz sete CDs, incluindo o álbum Como vencer na vida fazendo música estranha – volume VII. O lançamento acontece neste fim de semana, no Sesc Pompeia, em São Paulo.

“Os discos trazem também músicas conhecidas do público, mas nunca antes gravadas em outro álbum, como as composições Valsa Didática, Casa de Massagem e Zuleika Gaspar, as duas últimas censuradas nos anos 80”, explica o multi-instrumentista da banda, Mário Manga, que integra o Premê desde a sua formação original. Irreverente, underground e inventivo, o Premê foi criado em 1976 e continua firme. Ousado, o grupo fazia humor com tudo, tanto na composição quanto nas letras. “Qualquer estilo podia fazer parte do nosso repertório”, garante Manga.

Ele observa que este trabalho é de compilação. “O box não traz nenhuma música nova, mas nos CDs está toda a nossa história. A ideia é reviver algumas músicas que não tocávamos já há algum tempo. Há algumas que até foram censuradas, como Rubens, de 1986, que depois virou sucesso na voz de Cássia Eller, por volta de 1990, lançada em seu primeiro CD. Embora estivesse no nosso disco, a nossa gravação não podia tocar nas rádios naquela época”, lembra.

O Premeditando o breque surgiu em 1976, formado por alguns estudantes de música da ECA-USP. “São escolas de comunicação e arte da Universidade de São Paulo. A nossa ideia era quebrar o protocolo de erudição da escola na época. Foi a primeira vez que aparecemos em um show. Resolvemos tocar chorinhos e sambas de breque, algo diferente do que era a tendência da escola, voltada para a música erudita e contemporânea. Ali começou tudo. Queríamos uma formação que fosse solta, que pudéssemos chegar aos lugares e tocar”, conta Manga.

Em 1979, ano em que foi assinada a Lei da Anistia, o grupo conquistou o segundo lugar no Festival Universitário da TV Cultura, com a canção Brigando na lua. O primeiro coube a Arrigo Barnabé, com Diversões eletrônicas. Manga explica que Caixinha do Premê reúne um rico acervo, com um encarte de 96 páginas, contando a trajetória do grupo. “O material é muito rico, pois traz muitas fotos de shows e de festivais de que participamos em São Paulo e pelo interior do estado”, detalha o músico.

Em 1981, o grupo lançou seu primeiro álbum, Premeditando o breque (Spalla/Continental), e passou a se chamar apenas Premê. Originalmente, a banda tinha como integrantes Igor Lintz Maués, Mário Manga, Marcelo Galbetti e Claus Petersen e, logo em seguida, entrou Wandi Doratiotto. Atualmente, participam Manga (guitarra e vocal), Galbertti (teclados, baixo e violão), Petersen (flauta e sax) e Doratiott (voz, cavaquinho e violão). Nos três shows do Sesc Pompeia conta com a companhia de Adriano Busko (bateria e percussão) e Danilo Moares (violão, guitarra, baixo e voz), filho de Wandi, que já toca com o grupo há mais de 20 anos.

Com o Premê, Manga gravou seis LPs. O box traz um disco extra. “São registros históricos e coisas que não foram gravadas. Gravamos dois compactos simples, participamos do Festival MPB Shell, em 1980, com a música Empada molotov e Frevura, que era instrumental, mas não chegamos a nos classificar”, lamenta. A canção São Paulo, São Paulo, uma divertida referência a New York, New York, mas adaptada à capital paulista, é um dos maiores hits da banda e foi incluída na trilha da novela Vereda Tropical (1984/85). O Premê está também com o clipe da música Casa de Massagem disponível no YouTube.

INFLUÊNCIAS Manga observa que suas influências vieram dos guitarristas ingleses George Harrison e Jeff Beck. “Paralelamente ao Premê, me apresento com a cantora Ana Deriggi, O show se chama O bom e velho, no qual tocamos somente rock da metade dos anos 60 até a metade dos 70. Além disso, tenho o trio Música Ligeira. Porém, a partir da morte do Rodrigo Rodrigues, mudamos o nome para Black Tie. Recentemente, gravamos o CD Ritchie e Black Tie, no qual o cantor inglês interpreta canções de Paul Simon e agora estamos gravando outro, mas com músicas de Cat Stevens”, revela o músico paulista.

CAIXINHA DO PREMÊ
Selo Sesc
Box com os CDs Premeditando o Breque (1981), Quase lindo (1983), O melhor dos iguais (1985), Grande coisa (1986), Alegria dos homens (1991), Vivo (1997) e Como vencer na vida fazendo música estranha (2019)
Preço sugerido: R$ 100
Disponível nas lojas da rede Sesc e livrarias parceiras de todo o Brasil


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