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O canto da cidade

Conservatório da UFMG sedia primeiro Seminário de Canto Popular. Objetivo do evento é ampliar as discussões sobre o ensino da técnica. Programação vai de quinta a sábado e inclui shows


postado em 22/05/2019 04:09

O Trio Amaranto é atração de encerramento do seminário sobre canto popular, no sábado. As atividades ocorrem no Conservatório UFMG(foto: Wolfang Wagner/divulgação)
O Trio Amaranto é atração de encerramento do seminário sobre canto popular, no sábado. As atividades ocorrem no Conservatório UFMG (foto: Wolfang Wagner/divulgação)

Apesar de hoje ser uma técnica bastante difundida, o ensino do canto popular é relativamente novo no Brasil. Na verdade, mesmo na Europa e nos Estados Unidos, o ensino dessa prática teve início somente nos anos 1980. “A música erudita sempre teve mais espaço. Isso já vem desde o século 18 e se intensificou nos séculos 19 e 20. No nosso país, algumas iniciativas sugiram, aqui e ali, em instituições particulares, mas, na universidade pública, o primeiro curso de música popular nasceu somente em 1989, na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)”, afirma a professora e cantora Clara Sandroni.

Junto com alunos e professores do Grupo de Estudos da Voz de Belo Horizonte, que ela coordena, Clara idealizou e organizou o 1º Seminário de Canto Popular, da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que será realizado a partir desta quinta (23) até sábado (25), no Conservatório UFMG.

Foi por perceber uma lacuna no aperfeiçoamento e no aprendizado desse estilo de canto que Clara decidiu realizar o seminário. “Mesmo tendo havido um aumento significativo na criação de cursos, seja os de graduação, pós-graduação ou doutorado na área, já que hoje temos 11 universidades públicas com esse ensino (a UFMG abriu seu curso de música popular em 2009, e o primeiro professor de canto popular concursado entrou em 2015), ainda há uma carência de discussões, de troca de experiências”, diz a professora. “Temos iniciativas importantes de debate do canto popular pelo país, como o Encontro da Voz, que ocorre em Campinas, mas, em Belo Horizonte, esse será o primeiro”, afirma.

A programação traz palestras, oficinas, workhops e debates sobre o canto em geral e sobre o canto popular brasileiro. Acadêmicos de outras universidades, como as professoras Valéria Braga (Universidade Federal de São João del-Rei) e Ana Paula Albuquerque (Universidade Federal da Bahia) vão debater o canto popular nas universidades públicas do Brasil. Outro destaque é a palestra “O funk proibido do professor”, ministrada por Carlos Palombini, professor da UFMG. “Acho interessante a gente debater todo tipo de estilo de canto, sem preconceito e juízo de valor. O funk não é um produto meramente comercial e que surge do nada. É um estilo que tem uma inserção profunda na sociedade, apesar de muitos o considerarem uma não música. Nosso papel como universidade é pesquisar, conhecer, promover o olhar crítico diante da realidade. E a música se insere nesse contexto”, avalia Clara.

SHOWS O Seminário também terá apresentações com os grupos Praça XI, Música Crossover e Trio Amaranto. Criado em 2018, o Praça XI, que se apresenta nesta quinta (23), se dedica a estudar a história do choro e do samba. O grupo é formado por Clara Sandroni (voz), Lúcia Campos (percussão), Marcelo Chiaretti (flautas) e Agostinho Paolucci (violão). A atração de sexta-feira (24) é o Música Crossover, formado por Fausto Borém (contrabaixo) e Rita Medeiros (voz). O show mescla música erudita com popular e traz em seu repertório composições de Leonard Bernstein, Freddie Mercury, Edu Lobo, Chico Buarque e Fausto Borém. Encerrando a agenda de apresentações do seminário, no sábado (25), as irmãs Flávia (violão), Lúcia (flauta) e Marina (piano), cantam e tocam canções dos seis discos do Trio Amaranto.

“O ensino do canto erudito já está cristalizado, bem debatido. E, no caso do canto popular, até o material didático é mais complicado. Por isso, quanto mais nós trocarmos experiência, promovermos discussões e conhecermos outras visões, vamos nos aperfeiçoar. Acredito que não só estudantes, professores e cantores vão se envolver com esse Seminário, mas, como Belo Horizonte ama música, a cidade vai abraçar o evento”, opina Clara.

Destaques da programação

»   Dia 23 (quinta-feira)

• 13h: “O canto popular nas universidades públicas no Brasil”
Mesa redonda com as professoras Valéria Braga (UFSJ), Thais Nunes (UFSCar), Clara Sandroni (UFMG), Ana Paula Albuquerque (UFBA), Uliana Dias Ferlim (UnB) e Suely Mesquita (moderador)

• 16h30: “O funk proibido”
Palestra com o professor Carlos Palombini (UFMG)

• 19h30: Apresentação do grupo Praça XI


»   Dia 24 (sexta)

• 10h: Música de Corpo e Alma
Oficina com o professor Anthonio (BH)
• 16h30: “Os poetas improvisadores do maracatu de baque solto”
Palestra da professora Lúcia Campos (UEMG).

• 19h30: Recital/palestra com o grupo Música Crossover


»   Dia 25 (sábado)

• 10h: “A diversidade do canto no mundo”
Palestra com Magda Pucci (PUC-SP)

• 16h30: “A produção da Música independente”
Palestra com Ricardo Villas (RJ), Sérgio Santos (BH), Danielle Raspante Guedes (moderadora)

• 18h: Apresentação do Grupo Amaranto

1º Seminário de Canto Popular
De 23 a 25 de maio, no Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena, 1.534, Centro. (31) 3409-8300). Estudantes: R$ 20 (para os três dias de evento). Público em geral: R$ 30 (para os três dias de evento). Informações, inscrições e programação completa: musica.ufmg.br/seminariodecantopopular.


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