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A despedida de Doris Day

Atriz, considerada a namoradinha da América e que foi uma das estrelas de Hollywood nas décadas 1950 e 1960, protagonizando musicais e comédias românticas, morre aos 97 anos


postado em 14/05/2019 05:09

Doris Day protagonizou uma série de comédias com Rock Hudson, de quem se tornou amiga e foi sua apoiadora quando o ator assumiu sua homossexualidade(foto: AFP/HO)
Doris Day protagonizou uma série de comédias com Rock Hudson, de quem se tornou amiga e foi sua apoiadora quando o ator assumiu sua homossexualidade (foto: AFP/HO)




Doris Day nasceu no mesmo dia e mês que Marlon Brando, 3 de abril. Ele ficou famoso como o grande transgressor da arte da representação nos EUA. Criou papeis memoráveis, ganhou duas vezes o Oscar – por Sindicato de Ladrões, em 1954, e por O Poderoso Chefão, o primeiro, em 1972. Doris seria o oposto. Numa série de comédias que fez história – com Rock Hudson – era chamada de eterna virgem. O mundo estava mudando, a liberação dos costumes era a realidade dos anos 1960, e Doris continuava como imagem do recato nas telas. Longe delas, casou-se umas quantas vezes e um dos maridos roubou sua fortuna. Apoiou o amigo Hudson quando ele saiu do armário e provocou um choque ao anunciar que estava morrendo de complicações decorrentes da Aids.

Doris morreu ontem, em Carmel Valley, na Califórnia, aos 97 anos, vítima de pneumonia. Nasceu Doris Mary Ann Kappelhoff, em Cincinatti, Ohio, em 1922. Iniciou-se como cantora de big bands em 1939, aos 17 anos. Seu primeiro hit foi Sentimental Journey, em 1945. No cinema, fez diversos papeis secundários antes de estourar como protagonista – a pistoleira Calamity Jane – em Ardida como pimenta, de 1953. Seguiram-se grandes papéis dramáticos em Ama-me ou esquece-me, em 1956, e O homem que sabia demais, de Alfred Hitchcock, em 1956.

Ninguém esquece de Doris como a mãe angustiada que canta Que sera sera, à espera de que o filho sequestrado a ouça no clássico de suspense de Alfred Hitchcock. É ótima no musical Um pijama para dois, de Stanley Donen e George Abbott, de 1957, mas algo se passou quando Rock Hudson e ela estrelaram Confidências à meia-noite, de Michael Gordon, em 1959. Ele, que era gay enrustido, faz o garanhão que tenta arrastar Doris para a cama. Ela resiste, ou finge que. Revisto hoje, o filme impressiona pela quantidade de pistas sobre a sexualidade dúbia do astro. Com Hudson, e também Cary Grant, James Garner, ela seguiu fazendo comédias como virgem renitente – Volta meu amor, Carícias de luxo, Tempero do amor, etc.

Com um diretor considerado de segunda, David Miller, Doris fez outro suspense de primeira, A teia de renda negra, como a mulher que suspeita que o marido (Rex Harrison) quer matá-la. A trilha ficou clássica, com a canção Midnight lace. Doris Day recebeu um Oscar e um Globo de Ouro especiais. A carreira da estrela de sorriso largo e cativante e olhos incrivelmente azuis abrangeu quase 40 filmes de 1948 a 1968.
Nos últimos anos, a atriz gastou muito do seu tempo defendendo o direito dos animais. Embora estivesse praticamente aposentada do show business desde os anos 1980, ela ainda tinha um grande número de fãs.

FUNERAL O anúncio da morte da atriz foi feito pela Doris Day Animal Foundation. Em comunicado enviado por e-mail, a instituição diz que ela estava rodeada de amigos íntimos e “estava em excelente estado de saúde física para sua idade, até recentemente contrair um caso grave de pneumonia”.  Informou ainda que “os desejos de Doris eram de que ela não tivesse um funeral, ou um velório, e que não houvesse uma lápide em seu túmulo.” (Agência Estado e AFP)


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