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Estado de Minas

Reparando sempre


postado em 04/05/2019 05:10



Continuo xeretando as ruas, como fiz na semana passada, e o que tem de coisas acontecendo todos dos dias não é brincadeira. A primeira novidade é ótima: o papagaio Lolla apareceu e na Rua Joaquim Murtinho a faixa de sua procura foi substituída por outra, agora com uma imagem sua, de agradecimento. Na base do “Graças a Deus, Lolla foi encontrado” e um agradecimento a todos que se empenharam na divulgação de seu sumiço. Fiquei satisfeita, porque seu dono, pela informação anterior, era um senhor idoso que estava preocupado com seu desaparecimento.

Outra coisa que me encuca em meu caminho é notar, que em algumas ocasiões, postes e árvores da região ganham grandes amarrados de plástico branco. Não posso imaginar para que servem, mas acho sempre que deve ser aviso de alguma coisa, queira Deus que não seja chegada de droga. A quantidade de tiras que descem a Joaquim Murtinho e sobem a Avenida do Contorno é bem grande, deve dar trabalho a quem se ocupa dessa coisa que me parece sempre ser uma mensagem e não uma brincadeira.

Para ficar perto do trabalho, é bom contar que aquele mendigo que pede esmolas agressivamente está de volta. Ele costuma bater com sua bengala em quem se recusa a dar alguma coisa e um amigo meu que caiu na bobagem de lhe dar alguns trocados, recebeu as moedas de volta, na cara. Só passo lá – é meu caminho – com os vidros do carro fechados. Ele adora cuspir em que não lhe dá nada. Tinha sumido, cheguei a achar até que tinha morrido. Quando voltou, conseguiu montar uma tenda no canteiro do prédio da esquina e passou a morar lá. Não ficou muito tempo abrigado, alguém desmanchou o arranjo.

Implicância também, por não entender o que é que significa, é um depósito constante em um pedaço do muro que faz a separação das mãos de trânsito na trincheira da Raja Gabaglia. Fica bem no centro do trajeto e começou com um depósito que parecia de comida, coberto com um plástico. Depois, começaram a aparecer pedaços de pizza, frutas e muito pano, marcando o local. O impressionante é que o depósito está sempre no mesmo lugar, e agora ganhou um caixote vazio, que tem eventualmente uma garrafa. Minha curiosidade nasce do fato do depósito ser no meio de um local de pista dupla e muito tráfego, mas está sempre lá, sem ser removido. Não dá para saber para que serve, porque não dá para dormir nem de dia, nem de noite.

E é claro que a caminhada diária dá sempre dor no coração. Isso porque o que se vê de negócios que são abertos, na esperança de dar certo, e pouco depois fechados, não é pequena. Sem falar nos antigos que são definitivamente encerrados porque os donos não deram conta de carregar essa situação que o país vive, onde comprar ou desejar transformou-se num jogo de incerteza e coragem. A Praça da Savassi, que teve seu período áureo de comércio de prima linha, tem agora, praticamente, ponto de venda de outlet que não são essas coisas em matéria de vendas.


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